Rio - A Polícia Militar divulgou o esquema de policiamento para a final da Copa das Confederações, que acontece neste domingo, às 19h, no Maracanã. Seis mil policiais militares serão distribuídos no interior do estádio, no entorno e no controle de acesso dos torcedores, além de 100 viaturas.
Os policiais vão atuar com pontos de bloqueio ao estádio, no controle de chegada dos torcedores, onde só terá acesso quem tiver ingresso. Uma manifestação do Fórum de Luta contra o Aumento das Passagens está marcada para as 16h na Tijuca em direção ao estádio.
Haverá também reforço nos hotéis onde as delegações se concentram para o jogo, no deslocamento das seleções, em aeroportos, pontos turísticos e locais previstos para a concentração de manifestantes.
Toda a Região Metropolitana também receberá reforço no policiamento.
Já a Polícia Civil contará com um reforço de efetivo de 470 homens, em 15 delegacias. Além disso, 35 delegacias especializadas, 77 viaturas, exclusivamente para o evento, dois helicópteros e oito cães estarão mobilizados. Haverá também uma sala de polícia no Maracanã para atender casos ocorridos dentro do estádio.
A 17ª DP (São Cristóvão), 18ª DP (Praça da Bandeira) e 20ª DP (Vila Isabel) que ficam na região do Maracanã, estarão atuando em esquema de prontidão com o efetivo reforçado.
Policias do NAGE também estará no estádio realizando repressão qualificada, com policiais das delegacias da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV), do Consumidor (Decon), de Repressão aos Crimes de Propriedade Imaterial (DRCPIM), de Homicídios (DH), de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) e de Defraudações (DDEF), cada uma atuando na sua atribuição.
Ato no Centro é pacífico e reúne 10 mil
Pela primeira vez desde o início da onda de protestos que tomou conta do país, cariocas puderam exercer seu direito de lutar pela democracia em paz do início ao fim mesmo com militantes de partidos políticos estendendo suas bandeiras, nesta quinta-feira.
O ato transcorreu livre das cenas de violência que chocaram o mundo semana passada. O que se viu ontem nas principais ruas do Centro do Rio foi uma multidão que, de forma tranquila e ordeira, fazia suas reivindicações.
Entre os cerca de 10 mil manifestantes que caminharam da Candelária à Cinelândia, havia espaço para todas as causas e tribos: de índios, que queriam reaver a Aldeia Maracanã, a professores, bombeiros e profissionais da saúde, cada um com seu grito.
“Essa é a verdadeira manifestação da democracia. A rua é de todos”, elogiou o atual líder da Comissão da Verdade do Rio e ex-presidente da OAB/RJ, Wadih Damous. Acostumado às reivindicações, Benevonuto Daciolo foi pedir a reintegração de bombeiros expulsos após greve do ano passado.
Teve até quem lutasse em causa própria: desempregado, João Firmino Pedrosa, 35 anos, saiu de Campo Grande para defender o ganha-pão de seus três filhos. Ele faturou R$ 300 vendendo bandeiras do Brasil e máscaras.
Durante toda a passeata, as pessoas cantaram, estenderam suas faixas e cartazes, sem incidentes. O único momento tenso foi quando a presidente do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe), Vera Nepomuceno, pegou o microfone e disse que o movimento tinha liderança.
Ela foi vaiada e representantes do Fórum de Luta contra o Aumento das Passagens gritaram que o ato não tinha líderes. Em seguida, o grupo caminhou até a sede da Fetranspor, na Rua da Assembleia, onde pediram melhorias nos transportes públicos.