Por cadu.bruno

Rio - O vereador Chiquinho Brazão (PMDB) foi eleito, na manhã desta sexta-feira, presidente da CPI dos Ônibus. A decisão causou revolta dos cerca de 50 pessoas que ocupam o Salão Nobre da Câmara do Rio, no Centro da cidade, e assistem a sessão. O clima é tenso no local.

Autor da proposta da CPI%2C Elimoar Coelho não conseguiu a presidência%2C que será ocupada por Chiquinho Brazão (sentado%2C à direita)Severino Silva / Agência O Dia


Manifestantes que estavam do lado de fora da Câmera acessaram o local e invadiram o gabinete de Brazão, que foi pichado e depredado. Foram colocados cartazes com os dizeres "Fora Cabral" e "Nem todo mundo tem helicóptero".

O vereador Professor Uoston (PMDB) foi eleito relator da CPI. O público protestou e acusa os políticos de "golpe sujo". Brazão e Uoston não assinaram o requerimento de abertura da comissão e integram a base governista.

Eliomar Coelho (Psol) foi o único dos cinco vereadores que vão conduzir a comissão que assinou o documento. Irritados, manifestantes invadiram o plenário e subiram nas cadeiras. Eles pedem que Coelho assuma alguma das duas funções.

Eliomar Coelho, que propôs a CPI, disse que pediu a abertura da comissão por um "clamor das ruas" e vai conversar com a população para decidir se continua na CPI. Muitas pessoas estão do lado de fora da Câmara. Algumas pularam as grades que dão acesso ao local para entrar na Casa. Um dos portões foi quebrado. A maioria dos vereadores está reunida no gabinete da presidência.


Protesto termina em pancadaria

Protesto nas vias do Centro e nas casas legislativas do Rio acabou em pancadaria na Câmara dos Vereadores, depois de confusão na Alerj. Cerca de 20 manifestantes ocuparam a Câmara. Na porta, o coronel Marcos Paes, chefe de segurança do local, impediu a entrada da OAB e da Anistia Internacional, o que provou a revolta dos jovens que estavam do lado de fora. Houve confronto com a PM.

O grupo reivindicou a manutenção do vereador Eliomar Coelho na presidência da CPI dos Ônibus; a substituição dos outros quatro integrantes da comissão, que foram contra a instalação da CPI; e a transparência e divulgação de todos os atos.

Os manifestantes que estavam lá dentro denunciaram que foram agredido e acusaram o deputado estadual Paulo Melo (PMDB) de ter ordenado que a PM agisse com truculência. A assessora do parlamentar negou a informação.

Antes disso, cerca de mil pessoas fizeram caminhada da Candelária à Cinelândia. Um integrante do grupo Black Block foi detido e liberado em seguida, depois que vidraça do prédio da empresa EBX, de Eike Batista, foi quebrada por pedrada na Cinelândia e agência bancária foi invadida.

Um assessor do deputado estadual Marcelo Freixo (Psol) foi agredido a socos. Freixo e outros deputados, que tentaram negociar com a direção da Casa, também foram atacados com gás de pimenta.

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