Por cadu.bruno

Rio - Após 11 dias de ocupação, sete - dos oito - manifestantes que ocupavam a Câmara Municipal deixaram o local pacificamente, no início da tarde desta quarta-feira. Três oficiais de Justiça cumpriram mandado para retirar os jovens, e foram acompanhados dos advogados dos ativistas. Como protesto, o grupo usou mordaças e segurou cartazes com palavras de ordem contra a atual configuração da CPI dos Ônibus. Os manifestantes que estavam acampados em frente à Câmara aplaudiram os ocupantes da Casa durante a saída. Em seguida, eles se juntaram e protestaram nas escadarias do local.

A Câmara obteve nesta terça à noite na Justiça mandado de reintegração de posse. A decisão é do desembargador Fernandy Fernandes, da 13ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio. Ativistas tomaram a Casa em protesto contra a composição da CPI dos Ônibus.

O presidente Jorge Felippe (PMDB) determinou que não houvesse sessão nesta quarta por conta da reintegração de posse, mesmo com 10 vereadores votando a favor. São eles Paulo Pinheiro (Psol), Eliomar Coelho (Psol), Renato Cinco (Psol), Jefferson Moura (Psol), Vera Lins (PP), Carlos Eduardo (PSB), Jorge Manaia (PDT), Teresa Berger (PSDB) e Brizola Neto (PDT).

Guardas municipais também protestam na Câmara

Guardas municipais aderiram ao protesto realizado na escadaria da Câmara Municipal, nesta quarta-feira, no Centro da cidade. Segundo o presidente do Sindicato dos Servidores da Guarda Municipal do Rio (Sisguario), João Luis Sousa, entre as diversas reivindicações há dois pontos principais: plano de carreira e que a guarda assuma suas funções, muitas vezes exercidas pela Polícia Militar.

Manifestantes seguem na porta da CâmaraCarlos Moraes / Agência O Dia

"Queremos que o prefeito cumpra a lei complementar número 100, de 2009, para criar o planos de carreira. Também reivindicamos que a guarda municipal exerça suas funções de proteger bens, serviços e instalações. Cadê a guarda dentro da Câmara, dentro das escolas? Eles colocam PMs lá dentro", disse.

Segundo o guarda Jones Barbosa de Moura, a mudança do piso salarial também está entre as revindicações. "Na Guarda, o piso é de R$ 705. Quem está há 20 anos na Guarda ganha R$ 952", lamentou.

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