Por tamyres.matos

Rio - O grupo de oito vereadores da oposição entrará ainda nesta quarta-feira com um mandado de segurança na Justiça, pedindo a revisão da proporcionalidade da CPI dos Ônibus. O pedido virá acompanhado de uma liminar exigindo o cancelamento da primeira audiência pública da Comissão, marcada para esta quinta-feira, às 10h, no Plenário da Câmara.

Integrante do grupo, a vereadora Teresa Bergher (PSDB) disse que a assessoria jurídica da oposição está terminando de anexar documentos para acionar a Justiça. "Este mandado é baseado no desrespeito à proporcionalidade. Um bloco de 24 vereadores da base governista não pode tomar conta desta CPI e onde está a minoria?", questionou a vereadora.

Além de Teresa, Jeferson Moura (PSOL), Eliomar Coelho (PSOL), Paulo Pinheiro (PSOL), Reimont (PT), Brizola Neto (PDT), Márcio Garcia (PR) e Renato Cinco (PSOL) integram o grupo de opositores.

Manifestantes deixam a Câmara

Após 11 dias de ocupação, sete - dos oito - manifestantes que ocupavam a Câmara Municipal deixaram o local pacificamente, no início da tarde desta quarta-feira. Três oficiais de Justiça cumpriram mandado para retirar os jovens, e foram acompanhados dos advogados dos ativistas.

Manifestantes seguem na porta da CâmaraCarlos Moraes / Agência O Dia

Como protesto, o grupo usou mordaças e segurou cartazes com palavras de ordem contra a atual configuração da CPI dos Ônibus. Os manifestantes que estavam acampados em frente à Câmara aplaudiram os ocupantes da Casa durante a saída. Em seguida, eles se juntaram e protestaram nas escadarias do local.

A Câmara obteve nesta terça à noite na Justiça mandado de reintegração de posse. A decisão é do desembargador Fernandy Fernandes, da 13ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio. Ativistas tomaram a Casa em protesto contra a composição da CPI dos Ônibus.

O presidente Jorge Felippe (PMDB) determinou que não houvesse sessão nesta quarta por conta da reintegração de posse, mesmo com 10 vereadores votando a favor. São eles Paulo Pinheiro (Psol), Eliomar Coelho (Psol), Renato Cinco (Psol), Jefferson Moura (Psol), Vera Lins (PP), Carlos Eduardo (PSB), Jorge Manaia (PDT), Teresa Berger (PSDB) e Brizola Neto (PDT).

Cobrança por uma investigação efetiva ainda marca presença em frente à CasaCarlos Moraes / Agência O Dia

Guardas municipais também protestam

Guardas municipais aderiram ao protesto realizado na escadaria da Câmara Municipal, nesta quarta-feira, no Centro da cidade. Segundo o presidente do Sindicato dos Servidores da Guarda Municipal do Rio (Sisguario), João Luis Sousa, entre as diversas reivindicações há dois pontos principais: plano de carreira e que a guarda assuma suas funções, muitas vezes exercidas pela Polícia Militar.

"Queremos que o prefeito cumpra a lei complementar número 100, de 2009, para criar o planos de carreira. Também reivindicamos que a guarda municipal exerça suas funções de proteger bens, serviços e instalações. Cadê a guarda dentro da Câmara, dentro das escolas? Eles colocam PMs lá dentro", disse.

Segundo o guarda Jones Barbosa de Moura, a mudança do piso salarial também está entre as revindicações. "Na Guarda, o piso é de R$ 705. Quem está há 20 anos na Guarda ganha R$ 952", lamentou.

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