Rio - O julgamento dos quatro PMs acusados de matar o menino Juan Moraes Neves, de 11 anos, em junho de 2011, e outro adolescente, além de duas tentativas de homicídio, começou pouco depois das 13h desta segunda-feira. Nove testemunhas de acusação devem ser ouvidas ainda nesta segunda e o julgamento tem previsão de durar quatro dias. O plenário do Fórum de Nova Iguaçu está lotado de parentes e amigos dos policiais, além de estudantes de Direito, advogados e curiosos.
Wesley Moraes, irmão de Juan, foi ouvido pelo juiz André Luiz Duarte Coelho, da 4ª Vara Criminal de Nova Iguaçu. Ele disse ter ouvido vários disparos e, em seguida, seu irmão caindo baleado. Ao dizer que também foi ferido na ação - ocorrida em junho de 2011 -, o rapaz mostrou, a pedido do magistrado, as marcas na perna e nas costas, e até tirou a camisa no tribunal.
Os quatro advogados dos policiais também fazem perguntas à testemunha e mostram fotos. Os militares não podem acompanhar o depoimento, já que a testemunha está sob proteção. Os PMs estão em uma sala à parte.
Mais cedo, Wanderson dos Santos, outra vítima que sobreviveu à ação dos PMs, disse que, ao ser alvejado, Juan "voou para o lado e parou na parede do beco".
