Por thiago.antunes

Rio - O secretário estadual de Meio Ambiente, Carlos Minc, chamou de “omisso e irresponsável” o dono do navio encalhado há mais de uma semana na Baía de Guanabara. A embarcação Angra Star pertence à empresa de transporte de contêineres Frota Oceânica e Amazônica S/A. - que pertence a José Fragoso Pires -, que será multada em valor ainda a ser calculado.

“A empresa vai arcar com todos os custos para remoção do navio”, declarou Minc, que não acredita na possibilidade de um desastre ambiental. “Só se ocorrer uma catástrofe que sairá óleo na baía.”

Navio encalhou na Baía de GuanabaraEstefan Radovicz / Agência O Dia

O secretário explicou que 1/3 do navio encalhado estão submersos, e que nele há cerca de 240 mil litros de mistura de água com óleo. Não há risco de afundamento da embarcação, e já foram colocadas barreiras de contenção para impedir o despejo do material tóxico na água. Como o local do encalhe é raso, o risco é de o navio adernar. A retirada do óleo está sendo feita pela Capitania dos Portos e pela Transpetro.

O Angra Star está ancorado desde fevereiro na baía, sem tripulação e em estado deteriorado. A causa do afundamento, de acordo com a Marinha, pode ser atribuída a possíveis furtos de barris de óleo e instrumentos de navegação que garantem a estabilidade do navio.

Em janeiro deste ano, um dos maiores desastres ecológicos da Baía de Guanabara completou 13 anos. Em 2000, 1,3 milhão de litros de óleo de uma refinaria da Petrobras foram despejados na água.

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