Rio - O Complexo de Manguinhos, na Zona Norte, recebeu nesta terça-feira o reforço de 40 policiais de outras Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) após tiroteio que assustou moradores. Segundo o comandante da UPP local, capitão Gabriel de Toledo, reforço no policiamento da comunidade será por tempo indeterminado.
"Acredito que esse confronto é um ato de hostilidade na tentativa de intimidar a UPP, que só no último final de semana fez duas apreensões de drogas e vem combatendo o tráfico na região", explicou Toledo, que conta com o efetivo de 303 homens na unidade.
A troca de tiros entre bandidos e PMs chegou a fechar a estação de trens de Manguinhos nesta segunda à noite. Segundo a polícia, uma patrulha da UPP foi atacada próximo a uma das bases e houve o confronto.
Segundo o capitão, um grupo atirou morteiros na direção de duas equipes que realizam patrulhamento de rotina. Um dos criminosos atirou contra os policiais, que segundo o comandante não teriam revidado. "Eles solicitaram apoio via rádio", disse Toledo.
Durante o tiroteio, um disparo de pistola perfurou o contêiner que serve como base da UPP. Ninguém ficou ferido. De acordo com a polícia, 17 pessoas foram levadas para a 21ª DP (Bonsucesso) para averiguação. Todas acabaram liberadas após serem ouvidas.
Tensão na Zona Oeste
Moradores da Praça Seca voltaram a viver momentos de tensão nesta segunda à noite. Desta vez o confronto armado ocorreu Favela Bateau Mouche. Em mais um duelo pelo controle de comunidades carentes que se arrasta há meses na região, traficantes e milicianos voltaram a se enfrentaram.
No confronto de cerca de meia hora, internautas narraram até a explosão de granadas. Um site chegou a colocar um vídeo com o som dos tiros.
No Morro da Covanca, ainda em Jacarepaguá, também houve relato de confronto. Ainda nas redes sociais, moradores de Padre Miguel e Realengo, também na Zona Oeste, relataram tiroteios na noite de segunda-feira.