Por thiago.antunes
Rio - O evento era para festejar a reinauguração da maternidade Mariana Bulhões, no bairro de Moquetá, em Nova Iguaçu. Mas o prato principal foi mesmo a aliança entre PT e PMDB no estado do Rio, ameaçada pela candidatura do senador Lindbergh Farias à sua sucessão. Neste domingo, logo após anunciar a liberação de R$ 1,5 milhão mensais para manter a unidade aberta, o governador Sérgio Cabral mandou um recado à corrente petista que vem forçando a saída de seu governo.
“Quem está no governo tem que governar. Eleição se trata em anos pares do processo eleitoral”, afirmou Cabral, ao lado do seu vice e candidato do PMDB, Luiz Fernando Pezão. Mais cedo, pela mesma maternidade, havia passado o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, do PT.
Cabral e Pezão escutam Luiz Antônio%2C secretário de saúde do municípioDivulgação

O governador elogiou os secretários petistas de seu governo — Carlos Minc no Ambiente e Zaqueu Teixeira, na Assistência Social — para reafirmar a importância da aliança. Na semana passada, o ex-presidente Lula havia pedido aos correligionários que permanecessem no governo — o rompimento, marcado para esta segunda-feira, já foi adiado. “Não é hora de fofoca e nem disse me disse. Quem quer chegar ao governo é a oposição”, afirmou Cabral, que após bater, afagou o aliado. “Só tenho a agradecer ao PT. Nossa aliança só tem feito bem ao Estado.”

Unidade reabre com 20 vagas

Publicidade
Durante a reinauguração da unidade, que ficou dois anos fechada, Cabral avisou que a saúde da Baixada é prioridade. “Quando chegamos no Rio, o número de UTIs neonatais era ridículo. Estamos abrindo aqui 20 leitos, que se somam aos 50 que já temos abertos no Hospital da Mulher. Ainda quero mais 50 no Hospital da Mãe, em Mesquita. Isso não existia na Baixada”, disse.
Além de Cabral e do vice-governador Pezão, estiveram presentes à inauguração Alexandre Padilha, Ministro da Saúde (PT), Sergio Cortes, Secretário de Estado de Saúde, e o prefeito da cidade, Nélson Bornier. “Estamos devolvendo o direito à saúde e a dignidade à mulher”, disse Bornier.
Publicidade