Por cadu.bruno
Rio - O índio Urutau Guajajara completou, às 9h desta terça-feira, 24h refugiado no topo de uma árvore no terreno atrás do antigo Museu do Índio - transformado em Aldeia Maracanã - desocupado mais uma vez nesta segunda-feira pelo Batalhão de Choque.
Durante o dia houve confronto entre PMs e ativistas e 26 pessoas foram detidas e levadas para a 18ª DP (Praça da Bandeira). Um grupo de manifestantes permanece no local em vigília e protestando.
Publicidade
Publicidade
Policiais cercaram a área. Bombeiros e PMs tentaram impedir que ativistas entregassem comida ao índio, mas um saco com alimentos foi lançado até a árvore por volta das 8h20.
Policiais do Choque e bombeiros também passaram a madrugada no local. Um escada magirus está posicionada próxima a árvore, caso o índio queira desistir do protesto. Colchões foram amontoados e colocados embaixo para amortecer uma possível queda.
Índio está há mais de 24 horas em árvore. Ele recebeu alimentos atirados por ativistasSeverino Silva / Agência O Dia

"Ele está fraco e pode cair a qualquer momento", afirmou o índio Ashninka.

Publicidade
No domingo, índios e manifestantes ocuparam a construção anexa - antigo Laboratório nacional Agropecuário (Lanagro) - onde a Empresa de Obras Públicas do Rio (Emop) e a construtora Odebrecht montaram escritório e canteiro de obras.
Eles alegam que o local é de posse dos índios e estava sendo derrubado. O grupo afima que só deixará o local após decisão da Justiça Federal. Segundo o índio Ashninka, que veio da fronteira entre o Peru e o Acre, eles devem ficar no prédio até a manhã desta terça-feira.
Publicidade
"Faremos vigília até sair a decisão da 7ª Vara Federal. Esperamos também alguém do Ministério Público Federal, um representante do estado que não seja a PM e alguém da Funai", contou o indígena.
O governo do Estado do Rio disse que a construção e o Museu do Índio não serão demolidos.