Rio - O deputado federal Anthony Garotinho acusou ontem o vice-governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, de tentar oferecer apoio à sua candidatura ao governo do estado caso o PMDB se alie ao PT. Em discurso na plenária do Partido da República (PR), em casa de shows na Baixada Fluminense, Garotinho também chamou Pezão de traidor, e afirmou que o vice-governador fez a proposta através do deputado estadual Paulo Feijó, num encontro no Palácio Guanabara, em dezembro. Por meio de sua assessoria, o vice-governador disse que as alegações de Garotinho não são verdade e se tratam de um factoide. O governo do estado não quis comentar o assunto.
Segundo a história contada pelo deputado e ex-governador, Pezão teria ligado para dois empresários, amigos em comum, a fim de iniciar o diálogo no ano passado. Garotinho disse que recebeu os recados, mas não entrou em contato com Pezão, que teria procurado Paulo Feijó e o convidado para uma reunião.
Durante esse encontro, Pezão teria dito a Feijó que sua candidatura estaria inviável, pois ao assumir o governo talvez não tenha condições de honrar as dívidas do estado.
Pezão teria afirmado que o desejo do governador Sérgio Cabral é de que o PMDB continue aliado do PT no estado, por vontade da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula.
“Ele disse que, se fritassem a candidatura dele, após ele se tornar governador, ia romper com o Sérgio Cabral, pegar todos os prefeitos do seu governo e jogar na minha base. É uma indignidade”, afirmou Garotinho.
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O ex-governador ainda chamou o atual vice-governador de traíra, e disse que Pezão estaria cometendo a segunda traição para tentar se aliar aos adversários. Isso porque Pezão foi secretário estadual do Governo entre 2005 e 2006, durante a gestão de Rosinha Mateus, esposa de Garotinho, e rompeu com ela para ser vice-governador de Sérgio Cabral.
“Ele fez isso comigo antes da posse como vice-governador, depois de tudo que fiz por ele. E agora quer fazer o mesmo com o Cabral”, reclamou Garotinho.
“Ele fez isso comigo antes da posse como vice-governador, depois de tudo que fiz por ele. E agora quer fazer o mesmo com o Cabral”, reclamou Garotinho.
