Por thiago.antunes
Rio - Denúncias de enriquecimento ilícito, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro contra o delegado e coordenador especial de Transporte Alternativo da prefeitura, Claudio Ferraz, chegaram à Corregedoria Geral do Município. O prefeito Edurado Paes pediu investigação. Ferraz virou alvo de denúncias após ser escolhido pelo secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, para assumir a chefia de Polícia Civil. O nome dele era dado como certo.
Mas, após as acusações, outros delegados passaram a ser cogitados para ocupar o cargo. Até esta quinta-feira, o mais cotado era Rivaldo Barbosa, titular da Divisão de Homicídios (DH). O novo chefe de polícia será anunciado nesta sexta-feira, quando a atual chefe, Martha Rocha, deixa o cargo. Ela vai disputar uma vaga na Alerj pelo PSD. 
Rivaldo Barbosa é o nome mais indicado para o cargo de Martha RochaJosé Pedro Monteiro / Agência O Dia

O caso de Ferraz será analisado pela corregedora do município, Alda Cavaliere. As suspeitas estão sendo investigadas ainda pela Receita Federal e corregedorias Geral Unificada e Interna da Polícia Civil. Há cerca de um mês, ‘dossiê’ que aponta supostas irregularidades na evolução patrimonial de Ferraz foi entregue ao MPF.

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Documentos com fotos e dados de imóveis adquiridos entre 2009 e 2012 estão sendo analisados. Escrituras e fotos dos imóveis de Ferraz indicam valores muito abaixo do mercado. O delegado afirma que a aquisição dos imóveis é antiga. 
Nesta quinta-feira, o Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado fez uma eleição para escolher o novo chefe da polícia. A iniciativa, inédita, resultou em lista com cinco nomes mais votados que será entregue a Beltrame e ao governador Sérgio Cabral. Entre eles estão José Paulo Pires, presidente da Federação Nacional dos Delegados de Polícia Civil; Antenor Lopes Martins Júnior, Antônio Carlos de Carvalho, André Luis Drummond Flores e Sérgio Simões Caldas, subchefe administrativo de polícia.
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