Por thiago.antunes

Rio - Cerca de 90% dos cerca de 12 mil funcionários dos seis hospitais e dois institutos federais do Rio de Janeiro aderiram à greve que começou na última segunda-feira. O levantamento é do sindicato da categoria, o Sindsprev/RJ.

A paralisação afeta os hospitais da Lagoa, de Ipanema, do Andaraí, de Bonsucesso, dos Servidores, o Cardoso Fontes, e os institutos de Traumato-ortopedia e Nacional de Câncer. O defensor Daniel Macedo informou que fará hoje um Termo de Ajustamento de Conduta com os grevistas para que os serviços essenciais sejam mantidos.

Segundo os grevistas, as unidades avaliam a urgência de atendimento de cada caso. Exames de HIV e diagnóstico de câncer, por exemplo, são realizados normalmente. O serviço de hemodiálise também. Exames e consultas de rotina são encaminhados para outras unidades. A emergência do Hospital de Bonsucesso está funcionando.

A greve foi deflagrada depois que o Ministério da Saúde iniciou a fase de testes do ponto eletrônico no último dia 3. O principal impasse é o aumento da jornada de trabalho de 30 para 40 horas. A categoria alega que, desde 1985, a jornada é de 30 horas e que o acréscimo não é acompanhado de aumento salarial. “Sem aumento, essas 40 horas são o retorno da escravidão”, diz Sebastião de Souza,diretor do Sindsprev.

Luiz Henrique dos Santos, do Hospital dos Servidores, explica que os profissionais não iriam se opor ao ponto eletrônico se as jornadas atuais fossem mantidas: “Não é que o servidor não queira ser controlado. Isso até daria mais segurança”. Funcionários criticaram ainda a falta de plano de saúde. “Se alguém passar mal aqui, tem que ir ao Souza Aguiar”, contou Santos.

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