Por thiago.antunes
Na Avenida Presidente Vargas%2C lixo no caminho dos pedestres Fernando Souza / Agência O Dia

Rio - A Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) fez duas licitações para contratar escritórios de advocacia para resolver três mil processos trabalhistas. A empresa de limpeza urbana tem, em média, 600 funcionários desligados por ano.

A própria autarquia admite que há grande rotatividade no seu quadro de empregados, principalmente por causa do “serviço fisicamente desgastante”. Juntas, as concorrências estão orçadas em cerca de R$ 5,6 milhões.

A Comlurb explicou que a contratação de escritórios terceirizados é uma de decisão estratégica da companhia, tomada há mais de uma década. "No propósito de evitar conflitos de interesse ou conluio entre empregados demitidos e advogados do corpo funcional da companhia", explicou a companhia, em outubro, quando foi aberta a licitação.

Renato Sorriso

Conhecido como “Renato Sorriso”, o gari Renato Luiz Lourenço, 49 anos — há 18 na Comlurb — se juntou ao movimento da categoria na manhã de ontem e tornou público o seu apoio aos colegas.“Como eu trabalhei na Avenida, estava de folga nos últimos dois dias. A partir desta quinta, me juntei ao movimento. Não sou gari só para sambar. Sou igual a eles e apoio os meus irmãos”, disse Renato, em frente à sede da companhia, na Tijuca, na Zona Norte do Rio.

Cerca de 200 garis estiveram em frente à Cinelândia durante protesto Sandro Vox / Agência O Dia

Escolta até dos ‘caveiras’

Desde a quarta-feira, equipes de limpeza da Comlurb estão trabalhando sob escolta da Polícia Militar, como O DIA antecipou na edição de ontem, da Guarda Municipal e, desde ontem, de empresas privadas de segurança. O trabalho de limpeza tem atravessado as noites e as madrugadas.

Na Rua Muniz Barreto, em Botafogo, 12 garis, em dois caminhões, eram acompanhados por uma equipe da Guarda Municipal ontem de madrugada. Carros do Bope também eram vistos garantindo o recolhimento do lixo.

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