Por bianca.lobianco

Rio - Além das panes frequentes que causam transtornos para passageiros, a SuperVia agora tem outra dor de cabeça: são os ataques a pedra nos trens. A cada dia, pelo menos uma composição chega na oficina com o para-brisa danificado pelos arremessos. Somente neste ano, a concessionária já gastou R$ 300 mil na troca dos vidros da cabine do maquinista.

A maioria dos ataques são feitos justamente às composições mais novas da companhia. Ontem, 46 trens do total de 190, circulavam com vidros trincados. Trinta deles eram chineses. Desde o início do ano, 25 para-brisas precisaram ser inteiramente repostos. A cada troca, a composição precisa ficar no mínimo dois dias na oficina, o que representa menos trens nos trilhos.

Dos 190 trens da frota atual da companhia%2C 46 estão circulando com para-brisas quebrados por pedradasCarlos Moraes / Agência O Dia

Até hoje, a empresa não identificou os autores do ataque, no entanto, a concessionária apontou o ramal Santa Cruz como o principal alvo dos arremessos. Em nota, a SuperVia declarou que “a maior recorrência de ataques é em regiões com comunidades que margeiam a ferrovia no ramal de Santa Cruz”.

Para a SuperVia, o isolamento completo da linha férrea é a única maneira de acabar de vez com os ataques nos trens. O projeto ‘Segurança da Via’, em parceria com o Governo Estadual, propõe a segregação total dos trilhos, com a construção de muros, passarelas e viadutos. A proposta ainda está em análise pelo poder público, pois envolve desapropriações e programas sociais.

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