Por paulo.gomes

Rio - O juízo da 35ª Vara Criminal da Capital retoma nesta terça-feira, às 10h, a audiência de instrução e julgamento que investiga o desaparecimento do ajudante de pedreiro Amarildo Dias de Souza, na Rocinha, Zona Sul do Rio, em julho do ano passado. Na audiência realizada na última sexta-feira, dia 11, foram ouvidos oito acusados: os policiais Anderson Maia, Wellington da Silva, Fábio Brasil, Reinaldo Gonçalves, Lourival Moreira, Wagner Soares, Rachel de Souza e Thaís Rodrigues.

Dos 25 réus acusados pelos crimes de tortura, ocultação de cadáver, fraude processual e formação de quadrilha, 15 já foram interrogados pelo juízo.

O ajudante de pedreiro Amarildo Dias de Souza está desaparecido desde julho do ano passadoEfe

Relembre o caso

De acordo com a denúncia apresentada pelo Ministério Público, o ajudante de pedreiro Amarildo Dias de Souza teria sido levado por policiais militares para a sede da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) no dia 14 de julho do ano passado para averiguação de envolvimento com o tráfico. Ainda segundo o MP, outros PMs são acusados de participar da ação por terem vigiado ao redor da base ou por não terem impedido os supostos atos de tortura contra Amarildo. Os policiais militares também são suspeitos de ter desaparecido com o corpo do ajudante de pedreiro.

A denúncia, apresentada pelo Ministério Público, aponta que o tenente Luiz Medeiros, o sargento Reinaldo Gonçalves e os soldados Anderson Maia e Douglas Roberto Vital torturaram o ajudante de pedreiro. Outros policiais militares, entre eles o major Edson Santos, antigo comandante da UPP da Rocinha, são acusados de fazer vigília da base, no momento do ato, e de serem omissos, por não terem impedido a tortura.

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