Por thiago.antunes

Rio - A reitoria do Colégio Pedro II está em busca de terreno para construção de nova unidade para os alunos do campus Tijuca 1, apesar da desinterdição, pela Defesa Civil, do prédio que estava em obras há dois anos. No período, cerca de 500 crianças do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental do ‘Pedrinho’ — prédio da Rua Otto de Alencar, 25, no Maracanã — estão tendo aulas em um espaço cedido pelo campus Tijuca 2, o ‘Pedrão’, dos alunos do 6º ao 9° anos dos ensinos Fundamental e Médio.

Unidade 1 está fechada. Crianças de lá dividem espaço com maioresDivulgação

Esta semana, a Defesa Civil liberou o prédio, que está escorado por vigas de sustentação. A obra foi para evitar a queda das varandas, que dão acesso às salas de aula. Elas estão inclinadas, apoiadas por escoras. De acordo com o auto de desinterdição do órgão, não há mais riscos de desabamento no local.

Mesmo assim as famílias estão preocupadas.“Queremos voltar para o prédio com a certeza de que nossos filhos estarão em segurança”, preocupa-se a advogada Adriana Albuquerque, mãe de um estudante do 4º ano do Fundamental. Ela diz que a situação é insustentável. “As crianças são as mais prejudicadas. Não estão tendo aulas de Informática e não usam a quadra de esportes. A Educação Física é feita no pátio do recreio, onde ficam os maiores”, disse.

A Associação de Pais e Responsáveis teme pela segurança das crianças. Segundo a entidade, em abril, a empresa responsável concluiu o trabalho, mas o escoramento teria sido feito de forma inadequada, tornando o ambiente mais perigoso, uma vez que essas estruturas podem representar riscos.

A reitoria do Colégio Pedro II informou que, além do laudo da Defesa Civil, aguarda parecer do Corpo de Bombeiros, que já foi solicitado. O reitor Oscar Halac disse que o compartilhamento é provisório. Ele garantiu que o novo campus será mais adequado para atender às necessidades da comunidade acadêmica. Os alunos vão permanecer no antigo prédio até que o novo fique pronto.

Imóvel precisa de obras

A Defesa Civil reforça que o escoramento e a desinterdição da área não descartam a necessidade da execução de obras de recuperação do imóvel. De acordo com o órgão, as obras são de responsabilidade da direção, que já foi orientada pelos técnicos a fazer o serviço. O laudo foi emitido após entrega de documentação de responsabilidade técnica da empresa que executou a obra. Ele está disponível na sede do órgão em Vila Isabel e já pode ser retirado pela direção do colégio.

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