Por paloma.savedra

Rio - Os professores das redes estadual e municipal do Rio decidiram, na tarde desta quinta-feira, pela manutenção da greve unificada, que começou na segunda-feira. Em assembleia que está sendo realizada no Club Municipal, na Tijuca, a categoria está discutindo o calendário de mobilizações do movimento.

Por volta das 15h30, um grupo de mais de 1000 profissionais da categoria saiu do clube em direção à Central do Brasil. Eles pretendem reunir mais educadores para seguir até a sede da Prefeitura do Rio, na Cidade Nova. A passeata interditou a Rua Haddock Lobo, na altura da Rua Campos Salles. Eles também estão programando a participação da categoria em uma passeata do dia 21 deste mês, saindo da Praça Quinze em direção à Cinelândia, que será ato unificado com outros setores em greve. 

Entre os pontos discutidos pelos profissionais na assembleia, estão a desconsideração do acordo firmado entre o Estado e a Prefeitura do Rio, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o corte de ponto adotado pelo Estado e as reivindicações que também estavam na pauta da paralisação de 2013.

De acordo o Sindicato dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe), o estado e o município têm descumprido temas, principalmente pedagógicos, e que há pouco avanço nas medidas adotadas desde o fim da greve de 2013. Profissionais do estado pedem uma matrícula por escola, tempo para planejamento de aulas, redução de 40 para 30 horas, entre outros pontos discutidos pela categoria. O estado argumenta que já apresentou proposta acima da inflação.

Segundo Marta Moraes, coordenadora-geral do sindicato, cerca de 4 mil professores participaram da reunião. Uma nova assembleia foi marcada para a próxima quinta-feira. A categoria planeja ir, no mesmo dia, ao Palácio Guanabara e ao Palácio da Cidade.

Engenheiro: greve no fim

Após 72 horas de paralisação, engenheiros, arquitetos e geólogos da Prefeitura do Rio decidiram em assembleia voltar ao trabalho hoje. A decisão foi tomada após o prefeito Eduardo Paes prometer que chamará os representantes da categoria para discutir as reinvindicações dentro do prazo de uma semana.

Os profissionais não têm reajuste desde 2008 e pedem salário inicial de R$ 8.400,00. Atualmente, o piso salarial da categoria está em R$ 4.700. “A gente resolveu dar um voto de confiança e suspender a paralisação, assim que o prefeito disse que voltaria à negociação até quinta-feira. Esperamos que ele apresente uma contraproposta, pois queremos negociar. Nosso salário está 70% defasado em relação ao mercado”, disse Joelson Zuchen, presidente da Sociedade dos Engenheiros e Arquitetos do Estado do Rio de Janeiro.

Você pode gostar