Por daniela.lima

Rio - Quando alguém nos conquista exerce sobre nós um poder de atração que mexe com muito mais do que apenas o nosso físico, não é verdade? Corpo, mente e espírito são arrebatados e direcionados para o outro, tamanho o impacto desse encontro, já percebeu?

Certo da profundidade dessa experiência humana, que marca muito nossa história de vida, pergunto: De fato, quem te atraiu, de forma determinante? O que te disse e por quê?

Se você pensou sobre eu estar me referindo a relacionamento afetivo, acertou! Mas não sobre o prisma do romance. E, sim, sobre uma relação terna que já existe, ainda que você não se dê conta, entre você e Deus... Foi Ele quem te atraiu, ao ponto de até mudar sua vida, e vem falando ao seu coração. Note!

Essa relação pessoal com o Senhor é uma bela experiência que não é só sua, mas, sim, de jovens do mundo inteiro, como pudemos testemunhar há quase um ano, durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), na nossa cidade. Veja o que disse o Papa Francisco, no seu primeiro discurso, na cerimônia de boas-vindas, no Palácio Guanabara: “Vim para encontrar os jovens que vieram de todo o mundo, atraídos pelos braços abertos do Cristo Redentor. Eles querem agasalhar-se no seu abraço para, junto de seu Coração, ouvir de novo o seu potente e claro chamado: ‘Ide e fazei discípulos entre todas as nações.’”

Ahh, sim! Foram os braços abertos do Cristo Redentor que atraíram tantos jovens! Mas certamente não apenas pela beleza do Monumento. E, sim, principalmente, pelo acolhimento a que convida. Jesus, ao olhar para mim e para você, não questiona sobre o que já fizemos de errado. Não! Ele estende os braços, num convite incrível a nos lançarmos para nos sentirmos agasalhados, protegidos e cuidados! Para Ele, importa só quem nós realmente somos: Seus irmãos! E é nesse encontro que podemos ficar próximos do Seu coração... Nos sentirmos amados... Para começarmos a aprender a amá-Lo também. E nesse amor, amar os que estão ao nosso redor.

É legal resgatarmos dentro de nós a imagem de Jesus, que é Deus e Senhor nosso, mas que também é nosso irmão: aquele que vive companheirismo conosco, que guarda os segredos, que está sempre ao nosso lado e partilha a vida. Ele é assim: “Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo!”(Mt 28,20b) E nos ensina a ser irmãos uns dos outros também.

Sentir-se amado por Jesus é tão bom que não dá pra guardar essa experiência só no interior do coração. A gente tem vontade de partilhá-la, para que outros vivenciem essa maravilha também! É assim, com essa simplicidade, que se responde ao chamado de fazer discípulos. É a nossa forma de viver a alegria da juventude, sem abrir mão do comprometimento com o autêntico cristianismo, que é amor, que nos faz agir como irmãos, que faz com que sejamos discípulos: verdadeiras vitrines que convidam muitos à caminhada de fé.

Eu estou disposto a cumprir a ordem do Papa: “Ide para além das fronteiras do que é humanamente possível e criem um mundo de irmãos.” E você? ‘Tamu junto!’

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