Por paulo.gomes

Rio - Cerca de 400 policiais civis estão reunidos na Cidade da Polícia, no Jacarezinho, Zona Norte do Rio. Eles estão aguardando a chegada de Francisco Chao, presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Rio (Sindpol), para saberem o resultado da reunião que aconteceu com o governador Luiz Fernando Pezão, na manhã desta quinta-feira, no Palácio Guanabara.

Cerca de 400 policiais civis estão nesta quinta-feira na Cidade da PolíciaVania Cunha / Agência O Dia

Pezão tentará incorporar gratificações aos salários dos policiais civis

?Durou cerca de duas horas e meia a reunião entre o governador Luiz Fernando Pezão e representantes da área de segurança pública do Rio, que aconteceu na manhã desta quinta-feira, no Palácio Guanabara, em Laranjeiras. Logo após o encontro, Pezão afirmou que vai encaminhar até o final de junho para a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro um projeto de lei de incorpora a gratificação aos policiais civis, que estão realizando uma paralisação de 48h.

Governador Luiz Fernando Pezão garantiu após a reunião no Palácio Guanabara que não há clima para greve dos policiais civis do estadoAlessandro Costa / Agência O Dia

"Mas antes de encaminhar a Alerj, é preciso estudar os prazos e orçamento. Afinal, estamos no último ano de governo", diz.

Pezão, no entanto, minimizou os efeitos da paralisação dos policiais civis e disse não haver clima para greve. De acordo com o governador, nos últimos sete anos, a categoria teve aumento de 147%. Francisco Chao, presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Rio (Sindpol), deixou a reunião sem falar com a imprensa. Mas antes do encontro com Pezão, ele disse esperar um acordo entre o governo e o sindicato.

"Fui convocado pelo governador para a reunião e espero que chegue ao fim a negociação salarial, que já dura um ano." De acordo com Chao, a negociação pelo reajuste salarial começou na casa de Pezão, quando este ainda era vice-governador, há cerca de um ano. "O governador sabe o quanto trabalhei para que a situação não chegasse a esse nível", disse.

Já o chefe da Polícia Civil, Fernando Veloso, considerou o encontro com o governador positivo e que a reunião possibilitou de que todos pudessem expor suas ideias. Para ele, não há greve, porém, não soube afirmar que a paralisação dos agentes vai continuar.

"Essa é uma decisão sindical, não cabe a chefia da Polícia Civil. Eu apoio todas as reivindicações que foram apesentadas ao governador, mas sou contra qualquer paralisação que chegue a prejudicar a sociedade".

Francisco Chao%2C presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Rio (Sindpol)%2C deixou a reunião sem falar com a imprensaAlessandro Costa / Agência O Dia

Policiais civis decidem estender greve

O Sindpol decidiu, na noite desta quarta-feira, estender a greve da categoria para mais um dia. A continuidade da paralisação foi votada em assembleia no Club Municipal, na Tijuca, Zona Norte. Cerca de 2 mil agentes participaram da votação.

Também ficou definido que os agentes vão se recusar, durante o movimento, a atuar na ação chamada de Repressão Qualificada, uma blitz noturna para coibir crimes. Eles alegam que a ação só pode ser realizada pela Polícia Militar, já que os civis não têm curso de especialização para conduzir viaturas, exigência do Código de Trânsito. Também entraria em votação se os 30% de policiais que trabalhariam, como determina a lei, usariam fitas pretas nas roupas.

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