Por paloma.savedra

Rio - Depois da baixa adesão à paralisação de 24 horas, decretada nesta quarta-feira, os rodoviários dissidentes do sindicato (Sintraturb) se reuniram nesta sexta-feira para discutir os rumos do movimento e possíveis manifestações. O grupo, que contou com a participação de apenas 10% da categoria na última greve, promove assembleia na Central do Brasil, desde as 16h.

Um dos líderes dos dissidentes, Hélio Teodoro disse que a greve foi "furada" por motoristas que receberam dinheiro dos patrões. Na assembleia desta sexta, o grupo vai analisar os problemas que ocorreram na quarta-feira. "A categoria tem que ser unida. Muitos colegas se deixaram levar e acataram ordem dos patrões porque receberam um dinheiro a mais. E por ser fim de mês isso aumentou muito", declarou. 

TRT julgará dissídio na segunda-feira

Os dissidentes ainda esperam o julgamento do TRT, na segunda-feira, sobre a legalidade do movimento: o sindicato patronal (Rio Ônibus) ajuizou ação de dissídio de greve contra o Sintraturb. Apesar de a entidade não estar à frente das manifestações, ela é a representante legal dos rodoviários. 

Além disso, o grupo aguarda o parecer do Ministério Público do Trabalho (MPT) que está colhendo documentos para avaliar a denúncia feito pelos dissidentes. Segundo o grupo, o acordo feito pelo Sintraturb, em março, com o Rio ônibus não cumpriu os trâmites legais. O sindicato concordou com o aumento de 10% da categoria e, de acordo com os dissidentes, não se submeteu à aprovação dos sindicalizados em assembleia. 

Segundo Hélio, o Sintraturb se defendeu com provas falsas. A entidade teria apresentado fotos de assembleia com mais de 300 rodoviários, realizada em 2013, e não este ano. 


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