Por thiago.antunes

Rio - Policiais da 11ª DP (Rocinha) ouviram, na tarde desta quarta-feira, 24 policiais envolvidos direta ou indiretamente na morte de Josiel Rafael Silva, 43 anos, baleado na Favela da Rocinha, em São Conrado, no último sábado. A comandante da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) local, major Priscila Azevedo, será ouvida nos próximos dias. De acordo com o delegado titular da 11ª DP, Gabriel Ferrando, prestaram depoimento apenas agentes que tiveram algum contato com a ocorrência.

Segundo Ferrando, os depoimentos não apresentaram grandes contradições e os que participaram diretamente da ação alegaram que prestaram os primeirros socorros à vítima após um intenso confronto. Três armas de PMs que efeteruam disparos foram apreendidas no dia da ocorrência. O delegado já identificou o o policial que atirou em Josiel em légitima defesa, segundo o próprio PM. "A investigação visa esclarecer se houve legítima defesa durante o suposto confronto, saber em quais circustâncias as outras duas pessoas foram baleadas e elucidar a questão da remoção do cadáver; se ele ainda estava apto a ser salvo ou não", afirmou Ferrando.

O cirurgião do Hospital Municipal Miguel Couto, que recebeu o corpo do h, também prestou depoimento. O médico afirmou que realizou quinze minutos de manobras para tentar reanimar a vítima e que Josiel apresentava rigidez cadavérica e temperatura compátivel. O delegado disse ainda que vai periciar a arma apreendida com Josiel, para saber se houve disparos, e aguarda outros laudos complementares de local. No entanto, de acordo com o delegado, tudo indica que ocorreu troca de tiros.

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