Por thiago.antunes

Rio - Policiais da Divisão de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSGI) prenderam, na tarde desta quarta-feira. um dos envolvidos na morte da menina Karoline Rodrigues de Souza, 12 anos. Em depoimento, Douglas da Silva, 29 anos, confessou participação no crime. Karoline foi baleada no interior de sua residência, na Avenida Professor João Brasil, um dos acessos à Favela Nova Brasília, na Engenhoca, na Zona Norte de Niterói.







Dois vídeos com imagens do tiroteio – protagonizado por traficantes das facções rivais Comando Vermelho (CV) e Terceiro Comando Puro (TCP) – foram entregues aos agentes, que reconheceram Alex Sandro Duarte Ferreira, o Dinho, 27 anos.

Ele é apontado pela Polícia como chefe do tráfico de drogas na Favela da Otto, também localizada na Engenhoca – que dá acesso para o Morro do Marítimos, no Barreto, cujas bocas-de-fumo são controladas também pelo TCP, e fica de frente para a Nova Brasília, dominada pelos rivais do CV.

Acusado de atear fogo num ônibus da Viação Brasília, em agosto de 2010, Dinho já foi preso, em junho de 2011. A mãe da jovem, a dona-de-casa Darcilene Rodrigues de Souza, 30, contou que se mudou para a parte baixa da favela há dois anos, porque se sentia desprotegida em cima, com medo de bala perdida. Ela disse ainda que a filha estava na sala com o irmão quando começou o tiroteio.

A dona-de-casa lembrou que pegou a filha mais nova, de um ano, no colo e foi para o banheiro, chamado os outros dois filhos, que estavam mexendo no computador. A estudante estava em pé ao lado do irmão quando foi atingida. De acordo com familiares, a menina chegou a dizer “mamãe, acertou em mim, mas estou bem”.

O padrasto da vítima, o garçom Egilson Mendel, 59, disse que os bandidos gritavam que iam matar morador e que depois que a enteada foi atingida, ainda soltaram fogos para comemorar. Moradores revelaram que os criminosos ameaçaram as pessoas que tentavam socorrer a menina, que chegou a ser levada para o Hospital Estadual Azevedo Lima, no Fonseca, mas não resistiu.

Quem tiver qualquer informação que auxilie nas investigações policiais e ajude a Polícia a identificar, localizar e prender todos os envolvidos no crime, pode ligar para o Disque-Denúncia através do número 2253-1177. Não é preciso se identificar e o anonimato é garantido.

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