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Taxistas têm faturamento fraco com Copa do Mundo

Temporada é considerada ruim, e motoristas reclamam de concorrência e feriados

Por felipe.martins

Rio - Com a cidade cheia de turistas estrangeiros por conta da Copa, a esperança dos taxistas era de um bom aumento no faturamento. Mas, até agora, tudo ainda continua na esperança. A procura pelo serviço tem sido muito baixa. Os motoristas temem novos feriados e contabilizam o rombo no orçamento.

Taxista há 42 anos, Marcos Cahen, 68, nunca viu uma temporada de eventos tão ruim para o serviço de táxi no Rio. “Já tinha até planejado esticar meu horário durante a Copa, como fiz no Pan de 2007, para lucrar mais, mas desisti porque só tive decepção”, lamentou Cahen, que trabalha na cooperativa da Rua Bolívar, em Copacabana. Ontem à tarde, o ponto estava com mais de dez carros parados, aguardando passageiros.

Marcos Cahen está na praça há 42 anos%3A “Desisti%2C só tive decepção”Maíra Coelho / Agência O Dia

São vários os motivos da fraca procura do transporte. O mais óbvio deles, para os taxistas, é o serviço de veículos fretados oferecidos nos hotéis. “Eles já chegam na cidade com a van do hotel esperando na porta do aeroporto e esta mesma van faz toda a locomoção do turista por aqui”, apontou o taxista do Aeroporto Santo Dumont, Breno Souza, 48. “Espero que na próxima fase da Copa a situação fique melhor”, completou o motorista, esperançoso.

Até o perfil dos turistas é alvo de reclamação. “A maioria que veio para o Rio é de sul-americanos, e eles não pegam táxis porque não têm dinheiro”, alegou o motorista Paulo Martins, 56, que ainda fez queixas sobre os feriados.“São um tormento para nós, pois a nossa clientela fixa, que são os trabalhadores, não vai trabalhar. Já perdi 20% do meu faturamento com isso”, conclui Paulo.

Em meio a tanta reclamação, há raros taxistas comemorando o Mundial e atribuindo o sucesso aos bons fluidos. “Já fiz várias corridas para o Maracanã e ontem levei dois europeus para o Corcovado. A minha clientela aumentou 30%. É questão de sorte mesmo”, declarou Rodrigo Amaral, 36, motorista de táxi na Zona Sul há oito anos.

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