Por felipe.martins

Rio - Um homem suspeito pelo homicídio foi preso na tarde desta segunda-feira (30/06). Contra ele foi cumprido um mandado de prisão temporária. O delegado da 71ª DP prefere não divulgar o nome para não atrapalhar o andamento das investigações.

A polícia segue investigando a morte de Silvana Alves de Souza, de 19 anos, que estava desaparecida desde a última quarta-feira e que no domingo teve seu corpo, já em estado avançado de decomposição, encontrado às margens da Rodovia BR-101, em Itaboraí, na Região Metropolitana. A jovem é mãe do menino de um ano, que na quinta foi localizado dentro de um caixote, no mesmo local. Silvana morava com o pai, Paulo Cesar Serafim de Souza, que percebeu algo de errado com a filha na hora em que ela saiu de casa com a criança.

Corpo de Silva estava em forte estado de decomposiçãoarquivo pessoal

"Meu pai sentiu ela muito triste, muito abalada, muito estranha. Depois o meu pai ficou me ligando porque estava ligando para ela e nada dela atender, ele me perguntava se eu sabia de alguma coisa, onde ela estava", diz Patrícia Alves, irmã de Silvana, ao Bom Dia Rio.

Parentes e amigos afirmaram que Silvana não abandonaria o filho como estava sendo especulado desde que a criança foi encontrada. "O comentário foi que ela abandonou o neném dela, mas ela nunca iria abandonar aquele neném. Porque ela amava demais aquele neném. Ela nunca passou para a gente que estava arrependida de ter aquele neném", afirma Marli Fernandes, amiga da jovem.

Silvana foi encontrada na tarde de domingo e teve o corpo reconhecido pelo seu pai e um primo. "Pela experiência nestes casos e pelo fato de o pai ter reconhecido objetos da filha presume-se que realmente o corpo seja da Silvana. Além disso, ainda tem a proximidade com o local onde o menino foi deixado", disse o delegado titular da 71ªDP (Itaboraí), Oscar Sá Alves.

No entanto, o delegado afirma que vai aguardar o laudo da perícia para saber se o cadáver era realmente da mãe da criança. A causa da morte também só será conhecida após o resultado do IML, que fica pronto em 15 dias. "A forma que ela morreu só com o IML que podemos descobrir. Pode ter sido pancada, envenenada, tiros e outras tantas formas", detalhou. O caso, que havia sido registrado como abandono de incapaz, agora está investigado como homicídio.

Na última sexta, o bebê seguia internado no Hospital Desembargador Leal Júnior, em Itaboraí, e passava bem. Filipe Neves Glória, de 26 anos, pai da criança, prestou depoimento e disse que pretende ficar com o filho.

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