Por paulo.gomes
Genildo Ferreira%2C 36 anos%2C foi preso em Coelho Neto%2C após tentar fugir dos policiais. Ele sequestrou na noite de domingo uma jovem de 20 anos%2C em Oswaldo CruzPaulo Araújo / Agência O Dia

Rio - Após uma negociação de duas horas, o sequestro de uma jovem de 20 anos, moradora de Oswaldo Cruz, na Zona Norte, terminou com o um final feliz. O sequestrador Genildo Ferreira, 36 anos, foi preso pela equipe da 29ª DP (Madureira) com a ajuda de policiais da equipe da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core).

A jovem, cujo nome não foi revelado pela polícia, chegava em casa na noite deste domingo quando foi abordada por Genildo nas esquinas das ruas Guararema e Frei Bento, por volta das 21h30. O sequestrador obrigou a vítima a entrar no Peugeot roubado que dirigia e seguiu com ela pelas ruas do bairro, ameaçando-a com um estilete.

"Ele ligou para a família dela, do celular dela, pedindo R$ 10 mil para liberá-la. A família procurou a delegacia para denunciar. Aproveitamos o tempo para verificar se se não era um golpe. O bandido fez várias perguntas pessoais a ela e ela respondeu, o que deixou claro que se tratava mesmo de um sequestro", diz a delegada adjunta Ana Carolina Medeiros. Como a família não tinha o dinheiro, o preço do resgate foi sendo diminuído, inicialmente para R$ 2 mil, depois para R$ 250 e uma televisão.

O padrasto dela, Alan Gonçalves, marcou de levar o pagamento do resgate no cemitério de Ricardo de Albuquerque, bairro vizinho. "Sabia que estava arriscando minha vida, mas precisava fazer isso. Recomendo que se procure a polícia num caso desses, pois agir sozinho de nada vai resolver", diz ele, que prosseguiu para o cemitério com um carro da 29ª DP descaracterizado e duas viaturas da Core.

A vítima%2C de 20 anos%2C ficou por cerca de duas horas em poder do sequestrador. Ela foi abordada quando chegava em casa%2C em Oswaldo Cruz%2C na noite de domingoPaulo Araújo / Agência O Dia

Quando a vítima já estava no carro da família, os policiais da delegacia de Madureira abordaram o criminoso, que tentou fugir de carro. A perseguição foi até a altura de Coelho Neto, onde, após ficar impedido de passar por causa de uma blitz da Lei Seca, o bandido se entregou. Genildo foi preso por receptação e extorsão mediante sequestro, mas na delegacia foi constatado que ele já tinha passagens por porte ilegal de arma e estupro, além de mandado de prisão pendente por roubo.

Com ele, foram apreendidos dois celulares, um estiletes, dois cordões que aparentemente são de ouro, o carro roubado e uma quantia em dinheiro (R$ 220). A vítima foi liberada sem ferimentos.

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