Por thiago.antunes

Rio - O Instituto Latino de Ciência e Tecnologia, acusado de emitir milhares de diplomas falsos de Ensino Médio, conforme O DIA noticiou nesta quarta-feira, pode se tornar alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Alerj. Os deputados Paulo Ramos (Psol) e Comte Bittencourt (PPS) protocolaram o pedido na casa para apurar fraudes na concessão de autorizações para instituições que promovem ensino à distância, caso do instituto, que funciona no bairro de Campo Grade.

“Até amanhã (quinta), conseguiremos as 24 assinaturas necessárias para a instauração da comissão. Vou conversar com o presidente da Casa (deputado Paulo Melo, PMDB) para que um projeto de resolução ajude a acelerar o processo, já que, com a proximidade das eleições, os trâmites podem sofrer algum atraso”, antecipou Paulo Ramos.

A sede do Instituto Latino%2C em Campo Grande%3A 65 mil prejudicados Fernando Souza / Agência O Dia

A suposta fraude nos diplomas é investigada pela Delegacia de Defraudações e teria lesado até 65 mil alunos em todo o país. O Conselho Estadual de Educação encaminhou as denúncias. Os responsáveis pelo instituto, mantido pelo Sistema Objetivo de Ensino, teriam lucrado cerca de R$ 3,9 milhões com o esquema. “Já temos inquéritos policiais e vamos usar essas informações para chegar aos responsáveis por esses supostos cursos que suprimem as aulas presenciais e a figura do professor”, disse Paulo ramos.

Outro caso semelhante levou, no último sábado, Sergio Aragão Filho, à prisão por estelionato. Fundador do Instituto Ômega, ele é acusado de falsificar certificados de mestrado com chancelas de várias universidades públicas do país. Cerca de 200 alunos, a maioria professores da rede pública de Duque de Caxias, teriam sido prejudicados.

Você pode gostar