Por paulo.gomes

Rio - Policiais da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e Divisão de Homicídios (DH) de Niterói e São Gonçalo, com apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), prenderam três pessoas e apreenderam dois menores durante operação nesta sexta-feira no Morro do Caramujo, em Niterói, na Região Metropolitana. A ação tinha como objetivo cumprir cinco mandados de prisão contra acusados de matar o PM do 12ºBPM (Niterói), Joílson da Silva Gomes, em fevereiro deste ano.

Durante a operação, houve uma intensa troca de tiros e a Rodovia Amaral Peixoto chegou a ficar fechada por medida de segurança. Durante a fuga, dois homens e dois menores invadiram uma casa e fizeram refém cinco pessoas da mesma família, mas foram capturados pelos policiais.

"Nós estávamos cumprindo mandado de prisão referentes a morte do sargento Joilson quando uma equipe da Core entrou em combate com traficantes armados. Eles fugiram pela mata e posteriormente chegou a notícia que eles teriam tomado cinco pessoas da mesma família como reféns. Lá chegamos encontramos quatro marginais com uma submetralhadora e uma pistola calibre 45", disse o delegado Marcus Vinícius para a CBN.

Já a mulher, pega na Rua Doutor Nilo Peçanha, entrada da comunidade seria irmã de um dos acusados da morte do PM e foi encaminhada para a sede da DH Niterói. A polícia investiga se ela agia como informante do tráfico da região.

Morte estaria ligada a cancelamento de show promovido por traficantes

Ao todo, são oito suspeitos do homicídio do PM Joílson. Marielso Rocha Portugal, Deiveson Rodrigues e Vinícius dos Santos Marins já foram presos há duas semanas. Porém, a polícia não conseguiu nesta sexta cumprir os mandados contra Rodrigo da Silva Rodrigues, Alcindo Luiz Fernandes, Edson Batista da Nóbrega, Luiz Claudio Gomes e Bruno da Silva Gomes Conceição.

Segundo a denúncia do Ministério Público, os acusados dispararam contra o veículo do PM, que deixava o trabalho no Destacamento de Policiamento Ostensivo (DPO) do bairro Caramujo e não conseguiu reagir.

Para os promotores, o homicídio foi uma retaliação a uma operação da Polícia Militar, realizada um dia antes da morte de Joílson da Silva Gomes, no Morro do Caramujo. Em consequência da ação policial, foi cancelado um show musical que seria promovido por traficantes na comunidade.

Horas após o assassinato do policial militar, um morador da Maré e quatro acusados foram flagrados em um vídeo, que consta da denúncia, comemorando a morte do PM. Um dos acusados, Marielso Rocha Portugal também aparece nas imagens com dois pares de tênis, um deles, pertencente a Joílson, foi furtado do carro da vítima.

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