Por thiago.antunes

Rio - Ao contrário do que Marina Silva afirmou no último dia 27 ao ‘Jornal Nacional’, sua oposição ao cultivo de grãos transgênicos não se trata de “uma lenda”. Como senadora, ela apresentou projeto que proibia, por cinco anos, cultivo, importação, exportação e comercialização de alimentos que contivessem organismos geneticamente modificados. 

Por pelo menos seis vezes, entre 1998 e 2002, Marina foi à tribuna do Senado discursar contra os transgênicos. Utilizou argumentos técnicos e até a Bíblia para justificar sua posição.

Cultivo experimental

Ao JN, Marina afirmou defender a “coexistência”: áreas com plantações de transgênicos e outras sem estas sementes. Mas seu projeto, que foi arquivado, admitia apenas o cultivo experimental, por pesquisadores, dos grãos modificados geneticamente.

Vantagens

Na época, ela dizia que a “moratória” permitiria a avaliação dos efeitos daqueles alimentos. Alegou que o país teria vantagens comerciais em se tornar o único grande produtor de soja não transgênica.

Está na Bíblia...

Em 12 de abril de 1999, ela declarou que no Levítico e no Deuteronômio, livros da Bíblia, está escrito que não se deve haver misturas de variedades de sementes para “não profanar” a vinha. Ela repetiria o argumento em 2002.

Articulador

Vice na chapa de Marina, o deputado Beto Albuquerque foi um dos articuladores da liberação dos transgênicos no Brasil.

Apoio à aliança

Lindberg Farias, que hoje tanto critica o PMDB, defendeu, em 2012, que o petista Adilson Pires fosse o candidato a vice-prefeito de Eduardo Paes. Na época, muitos disseram que isso poderia trazer problemas para o PT.

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