Por thiago.antunes

Rio - Dom Orani Tempesta quebrou o silêncio e falou neste sábado, pela primeira vez, sobre o assalto que sofreu na noite da segunda-feira, dia 15, quando deixava a sua residência no Sumaré e seguia de carro em direção à Glória, onde participaria de um debate na Rádio Catedral.

“Vendo aqueles jovens com arma na mão, vi que nós temos uma grande responsabilidade, o mundo tem que ser diferente. Isso não é ser bonito, isso não é ser herói. Herói é quem é trabalhador. É muito triste ter que ver isso”, disse Dom Orani, após a ordenação de cinco novos padres, na Catedral de São Sebastião, no Centro.

De acordo com a assessoria de imprensa da Arquidiocese, o Arcebispo foi reconhecido pelos bandidos, que pediram desculpas a ele, mas não desistiram do roubo. Apesar do susto, Dom Orani não cancelou a sua agenda naquela noite e seguiu normalmente para o debate na rádio.

Na ocasião, os criminosos levaram a caneta, o telefone, a cruz e o anel de cardeal que o arcebispo usava, além da batina do seminarista que estava no carro. O fotógrafo e o motorista também tiveram seus pertences roubados. Os bandidos, no entanto, acabaram abandonando os objetos pela rua alguns quilômetros depois da abordagem feita ao religioso. Após a polícia encontrar os objetos roubados, com exceção da máquina fotográfica profissional avaliada em R$ 25 mil, eles foram devolvidos a Dom Orani e seus acompanhantes.

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