Rio - O comandante interino da PM, coronel Íbis Pereira, classificou como ‘adequado’, o policiamento em Copacabana, durante realização da 19ª Parada do Orgulho LGBT, no domingo, que registrou furtos e arrastões. De acordo com a Polícia Militar, 76 suspeitos foram levados para três delegacias. Oito pessoas foram presas e cinco menores apreendidos.
O comandante do 19°BPM (Copacabana) coronel Ronal Langers Freitas de Santana, informou que 330 policiais realizaram o policiamento do evento, que contou com apoio de 111 policiais da Operação Verão. No entanto, segundo Julio Moreira, diretor sociocultural do Grupo Arco-Íris, que organizou a Parada Gay, a segurança foi falha e inadequada. “Nem ocuparam as cabines de segurança, que acabaram sendo tomadas por banhistas. PMs teriam visão privilegiada. Esperávamos mais segurança.”

Para o especialista em segurança, coronel PM e fundador do Bope, Paulo Amêndola, o Batalhão de Choque deveria ajudar no policiamento do evento. “Seria importante para o trabalho de prevenção e repressão”, comentou.
Assaltos lotam delegacia
Finalizada a Parada Gay — como é popularmente conhecido o evento — a cena vista em frente à 12ª DP (Copacabana) pouco lembrava o clima pacífico em que transcorreu boa parte do evento. Dezenas de pessoas se amontoavam na expectativa de registrar furtos e roubos.
As cenas de violência ocorreram mesmo com o efetivo de segurança particular contratado pela direção do evento. A idade das vítimas, aliás, dificultava o trabalho dos policiais e o fechamento dos números. Por serem, em grande parte, menores de idade, muitos se recusavam a dar entrevistas e desistiam dos registros após verem a longa fila que provocava espera de até três horas.
“Como posso registrar? Minha mãe sequer sabe que estou aqui em Copacabana. Não sei como vou voltar para casa, já que tive ‘tudo roubado’”, disse um jovem de 16 anos que preferiu não se identificar.
O comentário geral, no entanto, dava conta de que os ‘tradicionais’ arrastões dos domingos de sol no Arpoador haviam trocado de endereço na tarde de domingo. “São os mesmos de sempre, com a velha tática de puxar tudo aquilo que reluz”, contou outra vítima de furto.
Após um arrastão orquestrado, a organização do evento antecipou o fim da Parada, por volta das 18h. Focos de tumultos também foram registrados nos acessos às estações do metrô mais próximas.