Rio - Prevista para acontecer nesta segunda-feira, a reintegração de posse do conjunto habitacional do programa "Minha Casa, Minha Vida", invadido em Guadalupe, mudou para uma data ainda indefinida. Segundo o comandante do 41ºBPM (Irajá), tenente-coronel Luiz Carlos Leal, a oficial de Justiça que iria no local para negociar a saída das famílias não pode ir alegando "agenda lotada".
"A oficial de Justiça disse que iria hoje conversar com o pessoal. Só que ela foi solicitada para comparecer ao Fórum", diz o comandante.
Com isso, mesmo sem luz e água, os invasores continuam ocupando os apartamentos do condomínio desde o último dia 9. O tenente-coronel disse não saber quando a oficial de Justiça vai comparecer ao local, mas garante que o clima é pacífico.
Sete oficiais de Justiça farão a reintegração de posse, sem data divulgada
"Está tudo tranquilo. Estou mantando contato com a comissão dos moradores e já falei com eles que a oficial não iria hoje. Está tudo sendo articulado, com a presença de um assistente social, Samu e caminhões para o momento da saída deles", afirma.
Os invasores reclamam que o único órgão público com quem tiveram um diálogo foi a Polícia Militar. De acordo com a professora de capoeira Celi Santana, de 41 anos, que está no local apenas para apoiar as famílias, disse que eles realizaram a invasão no condomínio, no dia 9 deste mês, com medo das chuvas de verão.
"Eles (invasores) estão com medo das chuvas de verão, por isso invadiram. A decisão judicial será respeitada, mas eles ficarão acampados na calçada aguardando um cadastramento para que possam conseguir suas casas".
Na última sexta-feira, algumas pessoas começaram a deixar o conjunto residencial após a determinação de reintegração de posse. Um carro blindado da Polícia Militar está na frente do conjunto habitacional para fazer a segurança do local.
