Por thiago.antunes
Rio - Após a família da farmacêutica Miriam França, de 31 anos, acusada da morte da italiana Gaia Molinari, de 29, em Jericoacoara (CE), insinuar que ela havia sido presa por ser negra e que estava incomunicável, a delegada do caso afirmou nesta segunda-feira que a decisão de não procurar a mãe foi da própria suspeita.
Segundo Patrícia Bezerra, da Delegacia de Proteção ao Turista do Ceará, no dia da prisão, Miriam, que nasceu em Nova Iguaçu e vive no Rio de Janeiro, teria decidido falar apenas com um amigo e uma professora. A policial revelou ainda que exame no corpo de Gaia não constatou a presença de sêmen.
Publicidade
No entanto, segundo ela, isso ainda não quer dizer que a vítima não tenha sofrido abusos. Só o exame de DNA, que fica pronto nos próximos dias, pode dizer se houve o estupro. Para reafirmar a prisão da suspeita, Patrícia voltou a dizer que Miriam, após acareações, apresentou contradições sobre horários e locais falsos e que seus álibis eram frágeis.
Poucos horas antes, a mãe de Miriam voltou a falar que a filha é acusada injustamente. Segundo Valdicea França, de 63, a farmacêutica conheceu a italiana pela internet, após oferecer reserva em albergue. “Eu iria com ela, mas acabei desistindo pelo forte calor. Aí a Miriam repassou a reserva pela internet”. A Defensoria Pública do Ceará entraria com um pedido de habeas corpus nesta madrugada.
Publicidade