Por nicolas.satriano
Rio - Os profissionais da rede municipal de ensino de São João de Meriti ameaçam entrar em greve na próxima semana, caso os salários referentes a dezembro de 2014, agendados pela prefeitura para o dia 15 deste mês, não sejam depositados e o calendário de pagamentos de 2015 não seja apresentado.
Os servidores — que também ainda não receberam o adicional de um terço do salário referente a férias — chegaram a invadir o gabinete do prefeito Sandro Matos, na última semana, em protesto contra atraso no décimo terceiro salário, que só foi quitado após a mobilização.
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De acordo com a diretoria do Sindicato dos Profissionais de Educação (Sepe), se a promessa não se cumprir, uma assembleia será convocada imediatamente para votar o ‘cruzar de braços’ antes mesmo do início do ano letivo.
“Não podemos continuar a receber pagamentos feitos 15 dias após o fim do mês. Como ficam os juros?”, questionava a coordenadora do Sepe Meriti, Marta Moraes.
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Mesmo assim, o prefeito Sandor Matos afirmou ao Dia, em entrevista publicada no último dia 13, que a pasta de Educação está em dia. “Queremos receber de forma ordenada, com planejamento”, rebate a coordenadora.
A iminência de paralisação já assusta os pais de alunos do município que, em outubro do ano passado, chegou a demitir três mil funcionários comissionados e extinguiu secretarias a fim de amezinar a crise nos cofres públicos. Porém, a situação dos profissionais de educação é a mais cômoda dentre os servidores.
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Os demais profissionais seguem sem receber o pagamento de setembro que será parcelado em quatro vezes, com o primeiro depósito no próximo dia 31.
De acordo com o prefeito Sandro Matos, o décimo terceiro salário também será quitado até o dia 31. Para os aposentados o caso é ainda mais grave. Sem receber pelos meses de outubro, novembro, além do décimo-terceiro, ainda não contam com um plano de pagamento. Procurado, o prefeito de São João de Meriti não respondeu às perguntas.
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Em pronunciamentos anteriores, Sandro Matos afirmou que a crise no município se deve à redução dos repasses governamentais.