Por paloma.savedra
Rio - Com foco em ações para as Olimpíadas de 2016, policiais militares da Unidade de Intervenção Tática (UIT) do Bope (Batalhão de Operações Especiais) realizaram, nesta terça-feira, um treinamento para gerenciamento de crises na estação de manutenção do metrô, na Avenida Presidente Vargas, no Centro.

O exercício tem como objetivo o preparo dos militares para negociações em casos de resgate de reféns, especialmente em locais de grande aglomeração durante a Rio 2016, entre eles, centros esportivos e estações do Metrô e Barcas.

Policiais do Bope participaram de treinamento com simulações de casos de resgate de reféns em locais de grande aglomeraçãoDivulgação

A Unidade de Intervenção Tática já fez outras simulações nas Barcas e, na quinta-feira, será realizado outro exercício em uma estação de Metrô. A UIT é formada por três grupos distintos: Grupo de Negociação e Análise (GNA), Grupo de Atiradores de Precisão (GAP) e o Grupo de Retomada e Resgate (GRR).

Bope destaca ação de inteligência e negociação
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O 'uso da razão' para buscar alternativas possíveis em momentos de alto risco é um dos objetivos do treinamento, segundo o Bope. A PM destaca que os policiais realizam constantes estudos de casos de situações ocorridas no Brasil e no mundo para o preparo na atuação em momentos de crise. Para isso, são realizados exercícios simulados para avaliação conjunta dos grupos da UIT.
O Bope ressalta que a negociação é sempre a primeira alternativa tática empregada numa situação de crise, por proporcionar uma solução pacífica. "A missão é conquistar a confiança do causador da crise e convencê-lo a libertar as vítimas, se houver, e se render. A maioria das ocorrências dessa natureza é resolvida através da negociação, sem necessidade do uso da força", informou o Bope, por meio de nota.
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Segundo o Bope, os policiais desenvolvem técnicas específicas nos cursos de negociação. Além disso, eles possuem uma psicóloga que faz o assessoramento durante a negociação ao gerente da crise, dando suporte técnico e definindo o perfil psicológico do causador da crise.