Por cadu.bruno
Imagem da kombi com marcas de tiros foi publicada em rede socialReprodução Internet

Rio - Uma van com pelo menos cinco passageiros foi alvejada na Vila do João, Complexo da Maré, depois que o motorista do veículo não parou em uma blitz do Batalhão de Policiamento em Vias Especiais (BPVE).

O motorista, segundo testemunhas, conhecido na comunidade como Ratinho, não teria parado na blitz por medo ter o veículo apreendido, uma vez que sua Kombi era pirata. Ou seja, não estava habilitada como meio de transporte alternativo.

Segundo a Polícia Militar informou no fim da tarde, os policiais não efetuaram disparos, indicando que os tiros teriam partido dos bandidos que ainda dominam parte da região, ocupada por militares do Exército.

A passageira Maria Neusa Borges Britto, de 67 anos, atingida por tiros de raspão na cabeça e em uma das mãos, deu outra versão, após ter sido atendida no Hospital Getúlio Vargas, na Penha. Segundo ela, os policiais militares efetuaram os disparos.

“Ficamos com muito medo porque o motorista não parava e os policiais vinham atrás atirando. Só pararam quando entramos na comunidade”, disse Neusa.

Outra vítima dos disparos, Aguinaldo Pereira da Silva, de 34 anos, que levou um tiro na coxa esquerda, também foi atendido no Hospital Getúlio Vargas e liberado no início da tarde.

“As pessoas vão dizer que o motorista estava errado. Até estava, em parte, mas só a gente sabe o que é ficar sem seu meio de sustento e ainda ter que pagar R$ 2 mil de multa. E mesmo ele estando errado, não é atirando no veículo, cheio de gente, que vamos resolver este problema”, contou um amigo do motorista, que preferiu não se identificar, temendo represálias.

Segundo ele, Ratinho teria sido levado para o Hospital Estadual Alberto Torres, em São Gonçalo, em estado gravíssimo, mas até o fechamento desta edição não houve confirmação do fato.

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