Por paloma.savedra

Rio - Um dia depois da audiência conturbada, em que expulsou réus e plateia da sessão, o juiz Flavio Itabaiana, da 27ª Vara Criminal da Capital, deu prosseguimento, nesta sexta-feira, ao interrogatório dos ativistas acusados de violência em protestos no Rio. Pelo menos dois — dos 23 réus no processo — foram ouvidos nesta noite. 

Acusado de violência em manifestações é expulso de audiência por juiz

Felipe Proença de Carvalho e Shirlene Feitosa da Fonseca negaram todas as acusações. Os manifestantes respondem ao processo por associação criminosa. A audiência de interrogatório dos ativistas foi iniciada nesta quinta-feira.

Os acusados contaram detalhes da Frente Independente Popular (Fip) e negaram que o movimento contava com qualquer forma de liderança, ressaltando ainda que as reuniões eram todas abertas.

De acordo com a denúncia do Ministério Público do Rio (MP), os 23 ativistas são acusados de formação de quadrilha. Segundo o MP, eles teriam cometido crimes de associação criminosa, com pena maior por participação de menores, dano qualificado, resistência, lesões corporais, posse de artefatos explosivos e corrupção de menores.

Ativistas seguem foragidas

A ativista Elisa Quadros Sanzi, a Sininho, e Karlayne Moraes da Silva Pinheiro, conhecida como Moa, são consideradas foragidas da Justiça. Elas tiveram a prisão preventiva decretada, em dezembro, depois de terem descumprido medida cautelar que as proibia de participar de protestos.

Outros três acusados neste processo já estão presos. São eles Igor Mendes, que também teve a preventiva decretada por desobedecer medida imposta pela liberdade condicional, e Caio Silva de Souza e Fábio Raposo. Os dois últimos respondem outra ação criminal e são acusados de atingirem o cinegrafista Santiago Andrade com um rojão, durante uma manifestação. Santiago teve morte encefálica em fevereiro de 2014.

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