Rio - Uma manifestação convocada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) reuniu entre 5 e 6 mil pessoas, hoje à tarde, na Cinelândia, em defesa da Petrobras. Segundo a Polícia Militar, pelo menos 4 mil pessoas estiveram presentes ao ato, que contou também com estudantes, representantes de partidos políticos como PT, PSB e PCdoB, além de muitos petroleiros.
Garis fazem manifestação em frente ao prédio da Prefeitura do Rio
Um dos líderes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, encerrou os discursos com uma intimação à presidenta Dilma Rousseff. Prevendo uma luta de classes nas ruas das grandes capitais ao longo do ano, Stédile chamou a presidenta para se juntar aos trabalhadores.
“Dona Dilma, saia do palácio e venha para as ruas ouvir este povo que ansia por mudanças. É hora de ir para a rua disputar ideias porque a política é feita assim, de disputa de ideias. O povo não tem maioria nos tribunais e no congresso, mas tem nas ruas”, disse Stédile.
O líder do MST também defendeu a reforma política como antídoto contra a corrupção, mas duvidou que ela seja aprovada no Congresso Nacional. Stédile pediu uma nova Assembleia Constituinte.
“A resposta para a crise seria uma reforma política, mas ela nunca vai acontecer neste congresso onde há 47 indiciados por corrupção, entre eles o presidente da Câmara (Eduardo Cunha) e do Senao (Renan Calheiros). É preciso uma nova Constituinte” disse Stédile.