Por nicolas.satriano

Rio - A Divisão Antissequestro (DAS) prendeu um casal que praticava o golpe de falso sequestro, obedecendo ordens que vinham de dentro do presídio Bangu 2. A última vítima, um coronel aposentado do Exército, chegou a entregar cerca de R$ 4 mil em dinheiro e joias pensando que os criminosos estavam com o filho dele, que ameaçavam matar. Como os bandidos pediram mais R$ 20 mil, ao efetuar o saque, a gerente da conta do militar desconfiou e conseguiu alertar a suposta vítima, que acionou a especializada. A dupla foi presa em Duque de Caxias.

A extorsão começou na noite desta quinta-feira, pelo telefone. Muito assustados, o coronel e a mulher dele recolheram o dinheiro que tinham em casa, no Leblon, e aproximadamente R$ 3 mil em joias e levaram para a estação de trem do Corte 8, em Caxias, seguindo as orientações do bando. Logo depois, foi exigido mais dinheiro e, como já era madrugada, os criminosos ordenaram que o casal se hospedasse em um hotel, também na Baixada Fluminense.

Dupla agia a mando de um comparsa dentro de Bangu 2 Osvaldo Praddo / Agência O Dia

Os criminosos mantinham sempre os telefones das vítimas em contato para que não pudessem ligar ou receber chamadas do filho. No hotel, o militar recebeu ordens para quebrar o seu celular e os contatos começaram a ser feitos somente pelo aparelho da esposa.

Pela manhã, as vítimas não conseguiram sacar o dinheiro em Caxias e foram para a agência do Leblon onde têm conta. Demostrando nervosismo, eles chamaram a atenção da gerente, que os conhece há muito tempo. "É importante que quem recebe este tipo de ligação, procure uma delegacia de polícia. Se não puder vir à DAS, vá a qualquer delegacia, que o caso virá até nós e vamos resolver o problema, como resolvemos esse", explicou o titular da especializada, Cláudio Gois.

Cristoni Richeli de Lima e a mulher dele, Dayana Cristina Targino Januário Ferreira, foram presos na favela da Mangueirinha, em Duque de Caxias. Na casa deles, havia outras joias, além de máquinas de cartão de crédito. Cumprindo pena por homicídio e tráfico, Márcio Julio da Silva, ex-marido de Dayana, era o chefe do bando, fazia as ligações e dava as ordens de dentro do presídio.

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