Por felipe.martins

Rio - O deputado federal Jair Bolsonaro (PP) adicionou nesta terça-feira mais duas polêmicas ao seu extenso currículo de confusões. Primeiro, respondeu, bem ao seu estilo belicoso, à postagem feita pelo presidente do PT do Rio e prefeito de Maricá, Washington Quaquá, no Facebook.

Depois, postou um vídeo gravado por ele mesmo que mostra seu desafeto e também parlamentar Jean Wyllys (Psol-RJ) recusando-se a sentar a seu lado durante um voo que saía do Rio de Janeiro para Brasília.

Vira e mexe as redes sociais se agitam com a notícia de que Bolsonaro apresentará projeto de lei para permitindo que, nas transfusões, as pessoas possam escolher se querem receber apenas sangue doado por heterossexuais. Ou seja, a proposta separaria o sangue doado por homossexuais. Na internet, é possível encontrar a mesma notícia publicada em 2011, 2012 e 2013.

Presidente estadual do PT%2C Washington Quaquá usa página no Facebook para atacar Bolsonaro Reprodução Internet

Nesta terça-feira, Quaquá compartilhou uma notícia com o mesmo teor, publicada em fevereiro de 2015 pelo Portal Metrópole. No comentário, ironizou: “Foi o chifre que afetou o cérebro”. Ao  DIA, Bolsonaro disse “não se lembrar” se já apresentou o projeto, mas garantiu ser favorável à ideia. “Eu já falei sobre isso, mas tenho quase certeza que não apresentei o projeto”.

Depois, ao disparar contra o presidente do PT, mirou também no seu tradicional adversário. “Eu quero saber se o Quaquá gostaria que a mãe dele recebesse o sangue de um homossexual como o Jean Wyllys!” exclamou Bolsonaro.

Indagado sobre a provocação feita por Quaquá, o deputado partiu para o ataque. “Manda ele parar de parar de palhaçada, porque isso é assunto sério. Que ele comece a procurar fazer a política com ‘P’ maiúsculo, em vez de tentar a boquinha no governo do estado”.

Até o fim da noite, a postagem de Quaquá estava pública e somava comentários contra e pró-Bolsonaro. Desde 2011 o Ministério da Saúde proíbe oficialmente os bancos de sangue de usar a orientação sexual como critério para a seleção de doadores. Em 2013, outra medida tornou obrigatório o teste para identificar doenças em todas as bolsas de sangue coletadas.

Bolsonaro: ‘Wyllys foi preconceituoso’

Por acaso, os assentos de Jair Bolsonaro e Jean Wyllys num voo do Rio para Brasília ficaram lado a lado. O encontro foi gravado pelo parlamentar do PP, que postou o vídeo nas redes sociais. “Jean Wyllys, tô do seu lado aí”, declarou ele.


Ao vê-lo, o deputado do Psol levantou e sentou em outra poltrona. “Ele entrou no avião na minha frente. Não teria o que conversar com ele, mas eu fui discriminado. Imagina se fosse o contrário?”. Procurado, Jean não comentou.

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