Por paloma.savedra

Rio - Os três PMs da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Nova Brasília, no Complexo do Alemão, suspeitos de envolvimento na morte de Elizabeth Alves, de 41 anos, no dia 1º de abril, chegaram à Divisão de Homicídios (DH), na Barra da Tijuca, na tarde desta quinta-feira, para prestar depoimento. 

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Dois policiais estavam fardados e o outro, que estava de férias, estava à paisana e foi buscado em casa para depor. Moradora da região, a vítima foi alvejada dentro de casa, durante confronto entre bandidos e os PMs. Após a morte de sua mulher, o marido de Elizabeth, Carlos Roberto Francisco, de 59 anos, criticou o despreparo dos policiais e afirmou que os mesmos atiraram a esmo.

PMs suspeitos de envolvimento na morte da moradora do Complexo do Alemão%2C Elizabeth%2C chegaram à DH%2C na Barra%2C nesta quinta-feira%2C para depor sobre o casoPaulo Araújo / Agência O Dia

Elizabeth estava ainda com a sua filha, Maynara Moura, que também ficou ferida, mas está fora de perigo. A mulher foi socorrida por vizinhos, mas não resistiu aos ferimentos e acabou morrendo.

Elizabeth estava dentro de casa com sua filha quando foi alvejada durante confronto entre PMs e bandidos%2C no Complexo do AlemãoReprodução Facebook

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José Maria F. de Souza (pai) e Terezinha Maria de Jesus (mãe)%2C pais do Eduardo de Jesus de 10 anos%2C morto durante tiroteio no Alemão Fabio Gonçalves / Agência O Dia

O policial militar suspeito de ter efetuado o disparo que matou o menino Eduardo de Jesus Ferreira, de 10 anos, no Complexo do Alemão, no dia 2 de abril, está de licença médica e foi afastado por sete dias.

Ele deve prestar novo depoimento ainda nesta quinta-feira, na DH. Todos os PMs que estavam no local em que morreu a criança, na semana passada, no conjunto de favelas da Zona Norte, já prestaram depoimento na Polícia Civil e na corregedoria da corporação.

O laudo de necropsia encaminhado à Polícia Civil, conforme O DIA noticiou na edição de quarta-feira, aponta que o tiro que atingiu a criança pode ter partido da arma de um dos policiais.

O documento relaciona o ferimento encontrado na cabeça do menino com um disparo de arma de grosso calibre. O projétil não foi encontrado. No local, os peritos recolheram apenas estojos de fuzil e pistola.

Segundo os policiais envolvidos na operação, foram efetuados apenas tiros de fuzil, enquanto a arma utilizada pelos criminosos seria uma pistola.

A polícia fará ainda uma reprodução simulada da morte de Eduardo, bem como da dona-de-casa Elizabeth, morta um dia antes de Eduardo. Os agentes pretendem esclarecer a existência de um confronto e o ponto de partida do disparo que atingiu a criança.

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