Por felipe.martins

Rio - O feriadão é apenas na semana que vem, mas alguns vereadores do Rio já decidiram entrar no clima de recesso. Pelo menos esse era o cenário, nesta quinta-feira, na Câmara Municipal. Além dos funcionários, apenas 14 dos 51 parlamentares — nem 30% do total — estiveram no plenário. Com tão pouca presença, a sessão foi derrubada, às 16 horas, por falta de quórum. Aliás, como já havia ocorrido no dia anterior. Pelo Regimento da Casa, são necessários pelo menos 17 vereadores para que a pauta de votação fosse discutida.

Apenas 14 dos 51 vereadores apareceram no plenário da Câmara%3B a expectativa é que na semana que vem a Casa fique às moscasMárcio Mercante / Agência O Dia

Na quarta-feira, ainda ocorreram algumas votações, antes da recontagem de vereadores acontecer e mostrar que não havia número suficiente para continuar a pauta. Mas nesta quinta o dia foi improdutivo, nem mesmo o presidente, o vereador Jorge Felippe (PMDB), apareceu no plenário. Segundo sua assessoria, ele estava na Casa em reuniões.

Apesar da Câmara não ter decretado ponto facultativo, e a Prefeitura do Rio ter afirmado que vai fazer o mesmo, tudo leva crer que as sessões da semana que vem vão seguir o mesmo ritmo da de quinta-feira. A explicação nos corredores da Casa para o plenário vazio era de que uma parte dos vereadores foi para Brasília acompanhar as discussões sobre Reforma Política, no Congresso.

Quem apareceu quinta-feira se mostrou irritado e disse que a pauta está travada. “Na semana que vem o nosso trabalho já será prejudicado pelos dois feriados. não sabemos sequer se haverá quórum na quarta-feira. Espero que sim, porque há projetos importantes na pauta, como um de minha autoria que atende aos portadores de deficiência auditiva”, reclamou a vereadora Teresa Bergher (PSDB).

Outro que estava insatisfeito é o vereador Renato Cinco (Psol), que acredita que a sessão ficará vazia na semana que vem. Para ele, a ausência de alguns colegas é proposital e atende um interesse da base governista. “A Câmara tem produzido pouco e, no ano passado, tivemos muitas sessões que caíram porque não havia quórum. Isso acontece, principalmente, quando a base do governo está em divergência e precisa de tempo para se organizar e saber como vai votar.”

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