Por nicolas.satriano

Rio - A Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) se negou ontem a divulgar quem são os 200 estagiários de Nível Superior que trabalham na Assembleia Legislativa e tiveram um aumento de 93% do salário. Agora, eles recebem R$ 2,8 mil para trabalhar 4 horas por dia. Ao contrário dos outros funcionários e deputados, a nomeação dos estagiários não sai no Diário Oficial do Legislativo e seus nomes não aparecem no portal de Transparência da Assembleia.

Por conta da falta de informação, O DIA solicitou à assessoria de imprensa da Casa os nomes dos estudantes, mas obteve a seguinte resposta: “Na reunião colégio de líderes marcada para terça que vem, todas as propostas das bancadas relativas à questão da bolsa-estágio - seja diminuição valor, critérios para contratação ou publicação da lista no portal da Alerj - serão discutidas”.

Para os poucos deputados da oposição que se posicionaram contra o aumento, as contratações são feitas de maneira pouco transparente, muitas vezes por indicações políticas. O deputado Paulo Ramos (Psol), que contrariou o deputado Marcelo Freixo (Psol)- líder do partido-, e se manifestou contra o aumento, declarou que irá protocolar um requerimento para que estas informações sejam divulgadas para a população.

Além disso, Ramos disse que o critério da Casa de reajuste dos estagiários- três salários mínimos, acima da inflação-, é inconstitucional. “No artigo 7º da Constituição Federal diz que o salário mínimo não pode ser vinculado para nenhum fim. Ou seja, ele não deve servir como base para nenhum outro reajuste”, declarou.

Nesta quarta-feira, a Alerj recebeu diversos pedidos de internautas sobre como ingressar no corpo de estagiários e também perguntas sobre para onde deveriam enviar o currículo. A Casa, porém, não divulga quando há abertura de vagas nem em quais setores há necessidade de pessoal. Cada departamento tem seu critério de seleção.

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