Por bferreira

Rio - O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), voltou ontem a criticar a aliança de seu partido com o PT, firmada em 2006, e que cambaleia no segundo mandato da presidenta Dilma Rousseff. Segundo ele, os partidos têm mais “divergências que convergências”.

Cunha considera difícil a união de PT e PMDB nas próximas eleiçõesEBC

Com a tese, concorda em parte o presidente estadual do PT do Rio, Washington Quaquá. Para ele, Cunha é representante da ala “medieval e arcaica” do PMDB.

Mas Quaquá é favorável à manutenção da aliança no Rio para as eleições de 2018. Ele sugere que o ex-presidente Lula e o prefeito do Rio, Eduardo Paes, caminhem juntos — seja com Paes como vice numa eventual candidatura presidencial ou com o peemedebista candidato ao governo do Rio.

Quaquá reclamou porque o congresso do PT, na semana passada em Salvador, não debateu a aliança em nível nacional. “Aquilo foi só uma plenária de delegados.”

No fim de semana, Cunha havia criticado os petistas depois de ser vaiado no congresso. “As manifestações de hostilidade do PT são sinal de que estou no caminho certo”, escreveu no Twitter.

Ontem, em São Paulo, ele afirmou que “dificilmente a aliança será renovada”, deixando mais uma rusga na conturbada relação entre as legendas, que atingiu o ápice com sua ida para a presidência da Câmara.

Quaquá retrucou as afirmações de Cunha e disse que é “necessário entender de qual PMDB ele está falando”.

Segundo ele, o partido é heterogêneo e reúne quadros como Cunha, definido como “medieval e arcaico”, e outros quadros definidos como “progressistas”, como o prefeito Eduardo Paes, o secretário de Educação de São Paulo, Gabriel Chalita, e o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral.

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