Rio - Nada menos que 331 coletivos foram identificados no mapeamento dos Grupos Criativos da Baixada Fluminense, realizado pelo Programa Brasil Próximo. A iniciativa reuniu e sistematizou informações sobre a produção de grupos de jovens artistas envolvidos em diversas áreas da cultura, como teatro, dança, música, circo, fotografia, audiovisual, literatura, turismo cultural e artes plásticas, além de grupos e instituições tradicionais de carnaval, jongo e folia de reis. São João de Meriti encabeça a lista, de longe a cidade com o maior número de grupos culturais – 80. Em seguida vem Nova Iguaçu, com 49.
SEM DINHEIRO
As atividades mais comuns entre os grupos entrevistados são produção de eventos (69,30%), oficinas (63,16%), aulas (60,53%), espetáculos (55,26%) e festivais (52,63%). Dificuldades financeiras foram apontadas por mais de 90% dos entrevistados como o maior obstáculo para a manutenção e execução de seus projetos, seguidas dos obstáculos de infraestrutura (70%) e de mobilidade (43,6%). Mais de 80% responderam que as atividades culturais não geram renda para os membros do grupo.
SARAU DO SAMBA
O Centro Cultural Cartola estreia amanhã o projeto Sarau do Samba, que vai dar vez aos compositores, acostumados a brilhar nos bastidores ou nas vozes de grandes intérpretes. Uma roda de samba de raiz, com o grupo Um batuque da antiga, recebe também novos talentos que poderão se apresentar. A cada edição, uma homenagem, e quem recebe os aplausos é o percussionista Beloba, ‘tantã’ de Zeca Pagodinho, Martinho da Vila, Dudu Nobre e Beth Carvalho. A entrada é só R$ 5. O Centro Cultural fica na Mangueira.
ESCRAVOS DA MAUÁ
Hoje à noite, depois de meses, o bloco Escravos da Mauá (foto) retorna com sua roda de samba ao Largo de São Francisco da Prainha, sua sede social a céu aberto desde que foi fundado, em 1993. Realizadas com a ajuda dos amigos que rachavam as despesas, as rodas eram mensais até 2013. Mas, até mesmo para quem “toca para gastar dinheiro”, como dizem, ficou complicado. Por isso, não perca: a partir de agora, as rodas com o fabuloso grupo Eu Toco Samba serão quando a grana aparecer.

Arte urbana
Em sua segunda edição, a exposição ‘02_expo gravuras 2015’ volta à Galeria Homegrown, em Ipanema, com trabalhos inéditos de nove artistas urbanos contemporâneos. Ananda Nahu, Antonio Bokel, Bragga, João Lelo, Manu Alves, Marcio SWK, Rafael Uzai, Rafo Castro (foto) e Villas tornam a arte mais acessível ao público. São gravuras em serigrafia e em ‘Fine Art’ ou ‘Giclée’, técnica que utiliza um processo de microjato de tinta, feito em impressoras.

VEJAM COMO É FÁCIL ENTREGAR a rua ao deleite do povo. Desde que foi reformada, a Praça da Bandeira tornou-se um sucesso. Qualquer dia que se vá até lá, é possível desfrutar de rodas de samba, como a de Toninho Gerais, a shows de malabares e artes circenses, fanfarras e festas deliciosas.
CONFETES
O bambolê será a bola da vez. “A cada dia enrijecemos nossos corpos por trás de dispositivos eletrônicos, com pouca interatividade física e social”, explica Camila Rocha, que vai ensinar todos os truques da técnica – e também da escolha do melhor modelo à sua customização (!) – no próximo InVentos, na Fundição Progresso amanhã, com entrada gratuita.
Osmar Santos, jornalista, comentarista, o “Narrador das Diretas”, vem se dedicando à arte depois de um grave acidente em 1994. O agora artista plástico se reinventa a cada dia nas pinturas sobre telas e faz sua primeira exposição no Rio domingo, com feijoada na Casa Vermelha, em Santa Teresa, quando a mostra será aberta ao público.
Eduardo Gallotti comanda roda de samba no Bar Semente, Lapa, amanhã, a partir de 22h. Com um refinado repertório de sambas, Gallotti influenciou toda uma geração de sambistas.
O Samba do Trabalhador lança seu terceiro CD: “Moacyr Luz & Samba do Trabalhador – 10 anos & outros sambas”. São 12 faixas, nove das quais nunca haviam sido gravadas. Moa é autor ou coautor de 11 delas. Amanhã, às 19h30, no Teatro Rival Petrobras.
Coluna de Rita Fernandes