Por felipe.martins
Tatiana escondeu a gravidezReprodução

Rio - A Polícia Civil tenta desvendar a morte da jovem Tatiana Camilato, de 31 anos, que teria tentado fazer um aborto numa clínica clandestina no Rio. Ela deu entrada na noite de quinta-feira na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Engenho Novo, Zona Norte, passando mal e em companhia de uma desconhecida. Minutos depois, ela não resistiu. Tatiana foi sepultada no Cemitério do Caju, domingo.

A família acredita que a jovem teve complicações durante a tentativa de aborto e teria entrado em luta corporal com alguém. “Ela chegou na UPA com dentes quebrados, duas perfurações na cabeça e a mão machucada. Uma mulher a levou para a unidade, fez a ficha com nome e o telefone que não existem, e a abandonou. Não sabíamos que ela estava grávida”, contou, abalada, a irmã da vítima, a professora Daniele Camilato, 35 anos.

Ainda segundo Daniele, Tatiana, que tinha três filhos — de 9, 12 e 13 anos —, contou para a sobrinha que iria fazer um aborto. “Ela pediu para minha filha de 15 anos não contar a ninguém. Tinha medo da nossa reação. Na bolsa dela encontramos um medicamento anti-hemorrágico. Não sabemos onde fica a clínica. Minha irmã acabou com a vida dela e a do bebê”, ressaltou.

Daniele disse que a irmã teria pedido dinheiro emprestado a amigas com o argumento de dívida com um agiota. “Ela queria R$ 700 para fazer o aborto. Como pode? Uma menina linda fazer isto. Tinha o sonho de ser segurança ou policial”, lembrou. Agentes da 25ª DP (Engenho Novo), aguardam o laudo com a causa morte.

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