Por felipe.martins
Cão de estimação levado de canilReprodução

Rio - O vice-presidente da Comissão de Defesa dos Animais da Alerj, deputado estadual Jorge Felippe Neto (PSDB), vai apresentar um projeto de lei que obriga os canis a colocarem chips nos cães. Segundo o parlamentar, a medida é para evitar o roubo de cães, modalidade criminosa que vem assustando os cariocas. Semana passada quatro bandidos se passaram por clientes e roubaram dez cães com pedigree de um canil em Guaratiba. O prejuízo ao dono foi de R$ 50 mil, além do abalo emocional pela falta dos animais.

“Com os chips poderemos controlar a procedência do animal, foco nunca antes trabalhado. O chip não causa dor ao animal. Nossa intenção é que o animal seja visto como um ser possuidor de sentimentos perante às delegacias”, disse o deputado.

Ao contrário da bicicleta e do celular, o roubo de cães não tem uma tipificação própria nos registros nas delegacias. Segundo a assessoria da Polícia Civil, esse tipo de crime é registrado apenas como roubo, mas que existe um filtro no sistema que enumera os bens subtraídos.

A metodologia foi criticada por Jorge Felippe. “O furto e o roubo de objetos sem vida não podem equivaler a um animal de estimação, que é parte da família. Um cão de raça custa, no mínimo, R$ 1 mil, com facilidade de ser revendido pelo mesmo preço. Fora a crueldade de se pegar um animal indefeso. Se um bandido roubar um celular, vai revendê-lo barato. O criminoso descobriu um meio de lucrar mais com menos rigor da lei”, disse o deputado, que defende a criação de uma delegacia para animais.

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