Por paulo.gomes
O enterro do engenheiro Floriano Fernandes Barbosa Filho%2C de 49 anos%2C na tarde de sexta-feira%2C foi marcado pelo clima de impotênciaUanderson Fernandes / Agência O Dia

Rio - O engenheiro Floriano Fernandes Barbosa Filho, de 49 anos, foi enterrado na tarde de sexta-feira, no Cemitério do Catumbi, em clima de comoção e sentimento de impotência por parte de parentes e amigos. Os pais e a única irmã do engenheiro, muito abalados, não quiseram dar entrevista. Mas em Quintino, na Rua Clarimundo de Melo, a principal do bairro, moradores ainda estavam aterrorizados com a cena de quinta-feira, quando cerca de 20 bandidos armados de fuzis abriram fogo contra uma patrulha da Polícia Militar.

“Foi tiro para tudo quanto é lado. Pior foi a cena do Seu Floriano, pai da vítima, na janela, berrando por socorro. Nunca mais vou esquecer aquela imagem desoladora”, contou o funcionário de uma oficina mecânica em frente à casa do engenheiro.

Numa loja de pipas que fica praticamente embaixo da janela por onde passou a bala que atingiu Floriano, Dona Antônia Alves estava atônita. E amedrontada.

“Eu nem sei o que fazer. Na verdade, não posso fazer muita coisa porque segurança aqui a gente não tem”, disse a comerciante.

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No posto de gasolina cujas câmeras de segurança flagraram a ação dos bandidos, os funcionários não quiseram falar: “A coisa está feia aqui”, limitou-se a dizer um deles.

Floriano foi atingido por uma bala perdida no quarto de casa, em Quintino, na Zona Norte, pouco depois do meio-dia da última quinta-feira, após um tiroteio entre policiais e traficantes do Morro do Saçu.

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