Por adriano.araujo

Rui - Vinte grafiteiros foram selecionados semana passada pela Central Única das Favelas, Cufa, para participarem de uma exposição na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York. A ação que fará parte da inauguração do escritório da ONG foi dada com exclusividade pela coluna ‘Rio Sem Fronteiras’, dia 15.

Cada selecionado produziu uma tela com o tema ‘Comunicação entre as Favelas do Mundo’. Segundo a Cufa, cerca de 200 grafiteiros se inscreveram no concurso que marca uma guinada no trabalho que a ONG, fundada sob o Viaduto de Madureira há 18 anos, está dando. “No novo escritório vamos concentrar as Cufas de 17 países e trabalhar com a periferia americana”, conta Celso Athayde, fundador da organização.

As 20 telas produzidas na Cufa serão expostas do Harlem (Nova York) ao Grand Canyon (Colorado)%2C terminando na sede da ONULucas Andrade / Divulgação

A exposição fará parte da Semana Global da Cufa e passará do Harlem (Nova York) ao Grand Canyon (Colorado), terminando no dia 18 de julho na sede da Organização das Nações Unidas. Posteriormente as peças serão leiloadas e o valor dividido entre os artistas.

Alex Sander Coelho, 29, morador do Morro Cavado, em Guaratiba, mal pode esperar pela repercussão de seu trabalho fora do país. “Não dá para negar que é um baita reconhecimento para verem as favelas do Rio lá fora.”

REPRESENTATIVIDADE

Segundo Athayde, entre as novidades, a Cufa terá representatividade na Organização das Nações Unidas e pretende abordar temas relacionados à juventude e aos moradores de periferias ao redor do mundo. “Estamos provando que a meritocracia só existe a partir do momento que existe oportunidade. Estamos criando mais chances.”

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