Rio - Só quem acredita vê que essa vida é um doce... Vivacos. Os versos de Arlindo Cruz dão o tom de uma das festas mais populares do Brasil. E aqui pelo Rio, é claro!, a tradição de homenagear os santos foi mantida e a criançada foi à ‘caça’ dos saquinhos de doces.
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A maior procura aconteceu na Penha e Olaria, na Zona Norte, onde centenas de crianças faziam enormes filas em igrejas e portas de casas. A auxiliar de serviços gerais Jacinta Rosa Aparecida, de 47 anos, saiu de casa (na Penha) às 7h, com a filha Daniele, de 11, e fez uma verdadeira peregrinação. “Juntamos três bolsas de doces. Deve ter mais de 50 saquinhos. Dá para a semana inteira. É uma tradição que faço desde a infância e não abro mão de passar isso para minha filha”, comentou.
Na Igreja de São Jorge e Cosme e Damião de Olaria, fiéis participaram de missas e crianças ganharam doces, bolos e brinquedos como bonecas e bolas. De acordo com o padre Geraldo Avelino, quatro mil saquinhos foram distribuídos. “Ver a alegria da garotada ao ganhar presentes, é um momento feliz para todos nós. Também estamos doando uma cadeira de rodas por semana”, lembrou.
Já a estudante Iara Luciana Albuquerque, 19, além de participar de missas, ela e a tia Marília, distribuíram 100 sacos de doces, como fazem há seis anos. “A Marília fez uma promessa que daria doces se a irmã dela recebesse a cura de São Cosme e São Damião. Ela estava com um cisto no ovário e logo se curou. Acreditamos nos santos e estamos aqui para reverenciá-los e alegrar as crianças”, disse a jovem, com o afilhado Ricardo Jorge, de 2, no colo.
Enquanto no Centro, a distribuição de doces foi tímida e quase não se via a criançada pela rua, na Região Metropolitana, as guloseimas não faltaram.
Em Niterói, por iniciativa do capitão Leonardo Marchi, do tenente Victor Costa e dos policiais da 1ª Companhia do 12°BPM (Niterói), e com apoio do comandante da unidade, coronel Fernando Salema, PMs distribuíram saquinhos de doces e refrigerantes no Morro do Estado, na Favela do Sabão, no bairro São Lourenço, e no Morro do Palácio, no Ingá.