Por luis.araujo

Rio - Aconteceu na manhã deste domingo o enterro do José Carlos Bueno, 51 anos, que morreu após ser baleado na cabeça dentro de um ônibus na Avenida Brasil, na última sexta-feira, na altura da Vila do João. Em meio a muita comoção, cerca de 30 parentes e amigos prestaram as últimas homenagens ao vigilante no cemitério do Irajá. Muito abalada, a esposa Elizabeth Bueno precisou ser retirada pelos familiares antes do fim da cerimônia. Ele deixa também uma filha de 19 anos.

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O pastor Sergio José Bueno, irmão da vítima, disse que ele trabalhava como vigilante em um hotel em Copacabana e estava voltando para casa, na Penha, quando foi atingido. “Meu irmão foi mais uma vítima da violência, mas não desejo mal a ninguém, sei que ele está em um lugar melhor. Queremos apenas justiça”, reforçou.

Corpo de José Carlos B. Santos%2C 51 anos%2C foi enterrado no cemitério de Irajá neste sábado. Ele foi atingido por bala perdida quando ônbius estava na altura da MaréAndré Mourão / Agência O Dia

Fernanda Magalhães, amiga da família, conta que José era uma pessoa tranquila e religiosa. “Ele não fazia mal a ninguém, pelo contrário, vai fazer muita falta para a família, principalmente para a mãe, que já é idosa, e para a esposa e filha”, lamentou.

José Carlos foi atingido no ônibus da linha 483 (Penha / Copacabana). O tiro teria sido disparado por traficantes que atuam na Vila do João, no Complexo da Maré, com a intenção de atingir um grupo que realizava um arrastão na Avenida Brasil, de acordo com testemunhas.  Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Militar, na fuga, os criminosos atiraram contra os policiais, atingido José Carlos.

Após a morte, o comando do Batalhão de Policiamento em Vias Expressas (BPVE), responsável pelo policiamento dos 58,5 quilômetros de extensão da rodovia, reforçou o policiamento na via e intensificou as abordagens em pontos de ônibus. Mas, por estratégia, não divulga o número de policiais nem de viaturas.

Tentativa de assalto na Avenida Brasil terminou com um passageiro de um ônibus morto com um tiro na cabeçaSeverino Silva / Agência O Dia



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